Renda fixa, o que é?

Por: Eliseu Manica

A Renda Fixa é um dos investimentos mais conhecidos dos brasileiros e a poupança é o mais conhecido exemplo dessa modalidade de investimento. Você sabia que há investimentos em Renda Fixa, muito mais rentáveis que a poupança e de mesma segurança?
Renda Fixa é um termo que define investimentos que têm o seu retorno, prazo e condições já conhecidas no momento da aplicação.
É similar ao um empréstimo em que o investidor recebe o que alocou, mais um custo de oportunidade que é mais conhecido como juros desse empréstimo. A figura mais comum no meio brasileiro são os bancos, que pagam o retorno do capital acrescido de juros, proporcional ao tempo do investimento.
O investimento em renda fixa pode ser contrastado com investimentos de renda variável considerando simplesmente a previsibilidade da remuneração. No primeiro caso é possível prever o valor que será recebido pelo investimento, pois estes valores são previamente definidos. Já no segundo caso isso não é possível, pois a remuneração está associada às características do mercado que dependem de diversos fatores econômicos normalmente imprevisíveis.
Prefixados, Pós-fixados ou uma mistura. Qual é o melhor?

  • Prefixado (antiga LTN), do Tesouro Direto. O investidor no momento do investimento já sabe qual será o retorno do investimento. É indicado para momentos de quedas de juros, no caso a Selic.
  • Pós-fixados: o investidor tem acertado o retorno do investimento, porém esse está ligado a outro indicador. Normalmente é o CDI. Sendo assim, o investidor saberá exatamente o retorno do seu investimento na data de vencimento do título.  Normalmente, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Depósito Bancário (CDB) são exemplos de investimentos de renda fixa pós-fixados. Essa modalidade de investimento é indicada para uma alta de juros.
  • Pré e pós-fixado: é um mix de prefixado e pós-fixado, onde uma parte da rentabilidade é conhecida no momento em que o investimento é realizado e a outra depende da variação de algum índice. O melhor exemplo é o título do Tesouro IPCA+, que tem um pedaço da remuneração conhecido (prefixado, no caso o “+”) e outro que acompanha a variação da inflação oficial do país, no caso, o IPCA.

 Exemplos de renda fixa:

Poupança: a renda fixa mais conhecida

A poupança é o investimento mais conhecido do brasileiro. Ela tem mais de 100 anos e é um dos piores retornos da renda fixa. A poupança caracteriza-se por ser pré e pós-fixado. A parte prefixada é vinculada a Selic, que, quando está acima de 8,5% ao ano, rende 0,5% ao mês, somada a uma taxa pós-fixada, vinculada a Taxa Referencial (TR). Em casos de que a Selic está abaixo de 8,5% ao ano, há uma regra de que a poupança renderá 70% da Selic ao mês, mais a TR. Quer saber mais sobre a poupança? Clique nesse link do Banco Central. Não há incidência de imposto de renda, mas mesmo assim, o retorno de outros investimentos similares pode ser quase o dobro da poupança, com a mesma segurança.
Tesouro Direto: o mais comentado ultimamente
O Tesouro Direto é uma plataforma onde são negociados os Títulos Públicos. Eles têm garantia do Governo Brasileiro e rende muito mais que a poupança, por exemplo. É preciso ter cuidado com títulos de longo prazo, pois tem um risco alto e, que não é de ciência da maioria dos investidores. Há estratégias para negociação desse investimento e riscos, mesmo ele sendo classificado de renda fixa. Em momentos de inflação alta, títulos pós-fixados vinculados ao IPCA, como as Notas do Tesouro Nacional -B (NTN-B) são indicadas. Há incidência de imposto de renda.

CDB (Certificado de Depósito Bancário): o mais popular oferecido pelos bancos

O CDB é um título emitido como meio de captação pelos bancos. Normalmente, o banco usa esse valor captado para emprestar, por um custo mais alto para outros investidores. Há diferenças de rendimento e eles estão ligados ao tempo do investimento, o rating (como são classificados os bancos) e o tamanho do banco que o dinheiro foi emprestado. Há incidência de imposto de renda e quanto maior o prazo, menor a alíquota.

LC (Letra de Câmbio): similar a CDBs

 Similar aos CDBs, são títulos emitidos por financeiras. Apesar do nome, não são vinculados ao câmbio. Há incidência de imposto de renda, similar aos CDBs.

LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio): aumenta a procura

 LCIs e LCAs são investimentos isentos de imposto de renda. Normalmente, são posfixados. A procura aumetnou significamente nos últimos anos.

Debêntures: emprestando para empresas e ganhando mais

São similares a empréstimos para empresas e oferecem retornos maiores que outros investimentos. Há as chamadas Debêntures incentivadas, que são isentas de imposto de renda, quando o objetivo é captação para investimentos em infraestrutura. Esses investimentos são ligados à segurança da empresa.
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Impostos incidentes em renda fixa
Os impostos variam de acordo com o tempo do investimento, ou seja, quanto mais tempo você deixar investido o capital, mais os juros compostos poderão trabalhar e menos imposto você pagará.

Tabela regressiva do Imposto de Renda para investimentos em renda fixa
Prazo da aplicação Alíquota de imposto
Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%

ALguns investimentos como poupança, LCI, LCA são isentas de imposto de renda.

Vantagens e as desvantagens

Alguns investimentos têm garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 250 mil, por CPF/CNPJ. Essa garantia é por banco e os investimentos cobertos são: poupança, LCI, LCA, Letra de Câmbio. Você pode ver mais nesse link.
Ficou interessado? A renda fixa também exige conhecimento por parte do investidor, como qual o investimento mais vantajoso, prazos, tudo isso de acordo com o seu perfil.
Mande-me um e-mail: eliseu@experato.com.br e terei prazer em sanar suas dúvidas!

Grande abraço,
Eliseu

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