CRISE versus OPORTUNIDADE

Por: Eliseu Manica

CRISES… O mundo está passando por um desafio frente à pandemia decorrente do novo Coronavírus, e inclusive o Brasil vem sendo afetado diante desse cenário.  Diversos setores ainda continuam sendo abalados em decorrência do apressado contágio. Mas, acabamos nos perguntando: o que nos aguarda quando o assunto são os INVESTIMENTOS?

Talvez pela nossa geração ter passado por poucas grandes crises históricas, já alguns por nenhuma delas, acabamos nos esquecendo que sim, crises existem e muitas nos foram precedentes. Apesar disso, cá estamos cada qual experienciando de forma diferente, mas todos sentido os impactos causados sob esse contexto direta ou indiretamente.

GRANDES CRISES

Em um aspecto mundial, podemos citar duas (e principais) grandes crises econômicas que atingiram esferas globais:

CRISE DE 1929: começou nos EUA, mas acabou afetando o mundo inteiro, sendo também denominada de GRANDE DEPRESSÃO, resultando com ¼ da população americana desempregada. Mas e como iniciou? De forma bastante sintetizada, pode-se dizer que os EUA estavam no auge do liberalismo econômico e com o crédito muito facilitado, o que também propiciou o endividamento. Com o tempo, e menor demanda de produtos sendo exportados para a Europa, iniciou-se o endividamento e, ainda houve a “quebra” da bolsa americana. O Brasil, não saiu ileso pois, como grande produtor de café, foi extremamente afetado com a crise, devido a baixa exportação do grão.

Uma frase interessante que um dia escutei sobre esse período é no sentido que, de toda forma, os mercados vivem crises periódicas e, o período de 1929 a 1933 nos ensinou que tais crises tendem a se alastrar rapidamente caso não contidas e solucionados de maneira rápida os problemas que a causaram.

Imagem clássica que marcou essa fase: observa-se ao fundo outdoor destacando o consumismo e o contraste estabelecido diante da fila com várias pessoas desempregadas em busca de alimentos.

CRISE DE 2008- a crise do suprime nos EUA e recessão global: impulsionada pela concessão de créditos imobiliários e manutenção de juros reduzidos pelo FED, levou à insolvência de inúmeros bancos. No Brasil o Ibovespa chegou a cair 60% nesse período.

Entretanto, apesar das constantes quedas no bolsa brasileira, em momentos mais críticos e conturbados, observa-se em episódios como foi em 1929, 2008 a e agora com o Coronavírus, surgimento de oportunidades, principalmente para o Investidor com pensamento no longo prazo.

De qualquer forma, apesar do fato de ninguém gostar de crises, elas existem. E, já que não podemos simplesmente deixá-las de lado, devemos encará-las de modo a extrair o melhor que  conseguimos e, como é o caso do Mercado Financeiro, o momento é propício na busca de  boas empresas que, num cenário como este, normalmente se encontram com ativos a preço muito “aquém” do seu real valor. Novamente aqui, a OPORTUNIDADE!

Sob a ótica econômica podemos observar que, em cenários passados de crises, o Mercado se recuperou, na maioria das vezes rapidamente. É o que nos mostra a figura abaixo com a performance do Ibovespa em crises desde 1995:

Enfim, sempre bom lembrar:

Antes da Primeira Guerra Mundial acabar, o mercado já apresentava melhora. Já na Segunda Guerra, após cinco anos, novamente o mercado havia se equilibrado totalmente. Na Grande Recessão de 2008, em um ano o Ibovespa já apresentava recuperação e, em 2 anos já se encontrava em nível superior.

E atualmente, como está a bolsa chinesa? Se recuperando..

Logo, ganhamos quando mantemos a calma em um cenário que a maioria encontra-se em pânico, bem como fazendo aportes constantes em empresas consolidadas, com o alvo no longo prazo.

É evidente que uma crise é diferente da outra, mas…já dizia Albert Einstein que:

No meio da dificuldade, encontra-se a oportunidade.

Espero que tenham gostado.

Um abraço!

Samantha Thielke

samantha@experato.com.br

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