Dólar, eleições e oportunidades na Bolsa

Por: Eliseu Manica


Desde o começo deste ano, a incerteza do cenário eleitoral e a disparada do dólar vêm impactando fortemente o mercado financeiro e causando apreensão nos investidores. Outro agravante é a lenta recuperação da economia brasileira, afetando diretamente o desempenho das empresas e, consequentemente, o mercado de ações. Para agravar a situação os nomes de grandes empresas como Petrobras e JBS permanecem no noticiário, atrelados à turbulência política que vêm assolando o país nos últimos anos. Terminado o primeiro semestre, há fortes indicadores de que este cenário pode permanecer até o final deste ano.
No cenário externo, dois fatores contribuem para esta perspectiva. O primeiro são os números da economia americana, que mostram um mercado interno extremamente aquecido com indicadores de consumo em alta. Diante disso, espera-se uma política monetária de aumento dos juros do país para evitar uma espiral inflacionária o que, por sua vez, exerce uma forte pressão sobre as moedas de países emergentes como o Brasil. O resultado é o que temos visto por aqui: dólar próximo de R$4,00, sem expectativa de redução deste patamar.
A segunda ameaça é a de uma guerra comercial que pode envolver EUA, China e União Europeia. É bem verdade que até o momento tudo não passou de retórica, mas o problema reside no fato de que o governo dos EUA mostra uma certa imprevisibilidade no plano de ações, trazendo incertezas de onde se esperava decisões e causando estremecimento até mesmo nas relações com seus vizinhos do NAFTA. Uma possível guerra comercial, envolvendo barreiras protecionistas, fechamento de mercados, políticas de sobretaxa e retaliações comerciais, traz a perspectiva de um cenário imprevisível e assustador, revivendo as tensões da crise mundial de 2008. Ainda temos o Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia – que deve se concretizar até o primeiro trimestre de 2019 e que trará mais incertezas ao final do ano.
No cenário interno, a indefinição do cenário eleitoral exerce forte pressão sobre o mercado. A incerteza reside no fato de que não há qualquer prognóstico indicando que, encerrada a apuração no dia 28 de outubro, emergirá das urnas um candidato comprometido com as diversas e importantes reformas que o país necessita ou alguém com um projeto de viés estatal e intervencionista. A recuperação da economia prossegue, mas em ritmo lento e a alta do desemprego persiste sem sinais de melhora.
Todo este conjunto afeta diretamente o mercado acionário. Neste sobe e desce diário do preço das ações, é importante contar com um assessor de investimentos para te ajudar a tomar as melhores decisões. As já citadas Petrobras (PETR4) e JBS (JBSS3), apesar de sofrerem influência negativa do cenário político, não podem ser totalmente descartadas como um bom investimento. A primeira segue firme em seu projeto de recuperação enquanto a segunda tem boa parte de sua receita dolarizada. Empresas com receita dolarizada e operações relevantes no mercado exterior podem ser uma boa opção. Se por um lado podem sofrer com um aumento de sua dívida por conta da alta da moeda americana, por outro podem se beneficiar com um aumento das receitas. Pode ser o caso de empresas como Embraer (EMBR3), Tupy (TUPY3) e Fibria (FIBR3).
É possível lucrar mesmo em um cenário de incertezas e apreensões. Conte com a Central do Investidor para proteger e aumentar seu patrimônio, escolhendo as melhores opções no mercado financeiro. Converse com um assessor de investimento e verifique quais ações mais indicadas, das empresas com perspectiva de resiliência para este semestre que promete fortes emoções.

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