Investimento de renda fixa: o que é, exemplos e como investir?

Por: Jonatam Gebing

Para aproveitar as oportunidades que o mercado financeiro reserva para você, é preciso saber quais são as alternativas disponíveis e como elas funcionam. Por isso, entender o que é um investimento de renda fixa contribui para suas movimentações.

Essa classe de investimentos conta com aplicações que podem se alinhar com os mais diversos perfis de investidor e objetivos financeiros. Contudo, existem elementos que você deve avaliar antes de incluir uma dessas alternativas em sua carteira.

Quer saber mais sobre os investimentos de renda fixa? Neste artigo, você entenderá o que eles são, como funcionam, quais os principais exemplos do mercado e como investir neles.

Acompanhe a leitura!

O que é um investimento de renda fixa?

Existem duas classes de investimento no mercado financeiro: renda variável e renda fixa. A primeira é composta por ativos e derivativos financeiros que não apresentam garantias de retorno. Nesse sentido, ao mesmo tempo que há maior potencial de rentabilidade, os riscos também são altos.

Por sua vez, a renda fixa conta com oportunidades de investimento previsíveis e de baixo risco. Isso acontece porque os títulos da classe funcionam como um empréstimo — no qual o credor é o próprio investidor. 

Portanto, o investimento de renda fixa é qualquer alternativa disponível nessa classe. Para entender melhor o funcionamento desses títulos, imagine um banco que busca captar recursos para oferecer novas linhas de crédito no mercado. 

Nesse caso, ele pode disponibilizar certificados de depósito bancário (CDB) para conseguir o capital com investidores. Ao fazer isso, o banco informa a lógica de rentabilidade do título e o prazo para devolver o dinheiro aplicado. 

Assim, o investidor se beneficia da previsibilidade de retorno no CDB ao alocar os seus recursos. E essa mesma lógica de empréstimo existe nos demais títulos da renda fixa. 

Quais as características dos investimentos em renda fixa?

Agora que você sabe o que é um investimento de renda fixa, o próximo passo é entender suas características. Como você viu, os títulos de renda fixa têm previsibilidade de retorno. Porém, as regras de rentabilidade não são as mesmas para todas as alternativas do mercado. 

Em vista disso, os rendimentos da aplicação podem ser:

  • prefixados: apresentam juros fixos na aplicação;
  • pós-fixados: acompanha uma taxa do mercado, como a Selic e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
  • híbridos: combinam os dois tipos de taxa (prefixada e pós-fixada) e também são chamados de mistos.

Outra característica presente em muitos títulos de renda fixa é a incidência do Imposto de Renda (IR) sobre os lucros. As alíquotas acompanham o prazo da aplicação de maneira regressiva — variando entre 22,5% e 15% com o passar do tempo. Porém, também há títulos isentos de IR.

Já em relação à liquidez, é comum que ela seja determinada pelo emissor. Assim, existem títulos com liquidez diária, que permitem resgate a qualquer momento. Por outro lado, também há aplicações que só podem ser resgatadas no vencimento ou após um período de carência. 

Quais os principais exemplos de investimentos dessa classe?

Até o momento, você já aprendeu o que é um investimento de renda fixa e quais são suas características. Agora, é oportuno conhecer os principais exemplos da classe. 

Confira!

Títulos de Tesouro Direto

Os títulos públicos do Tesouro Direto estão entre as alternativas de renda fixa mais populares. Eles são emitidos pelo Governo Federal e servem para levantar recursos que podem ser usados para projetos de infraestrutura e outras áreas do poder público.

A negociação dos títulos públicos acontece na plataforma do Tesouro Direto. Lá, existem três tipos de título: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA. Todos eles têm liquidez diária. Contudo, nos dois últimos o resgate antecipado pode trazer prejuízo devido à marcação a mercado. 

Em relação à segurança, os títulos públicos são considerados os investimentos de menor risco do mercado. Isso porque o próprio Governo Federal garante o pagamento integral por meio do Tesouro Nacional.

CDBs

Como você acompanhou, os CDBs são títulos de renda fixa emitidos por instituições bancárias. Por isso, eles são classificados como títulos privados. Essas aplicações ficam disponíveis para negociação nas plataformas de bancos de investimento. 

Em relação à segurança, os CDBs contam com cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A proteção é de até R$ 250 mil, englobando aporte e rendimentos, por CPF ou CNPJ e instituição financeira. Há também um limite global de 1 milhão, renovável a cada 4 anos.

LCIs e LCAs

As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) também são títulos de renda fixa criados por bancos. Porém, diferentemente dos CDBs, elas têm lastro em operações no mercado nacional de imóveis e agronegócio, respectivamente. 

O principal diferencial das LCIs e LCAs em comparação com outros produtos da classe é a isenção de IR sobre os lucros. Ademais, ambas contam com a cobertura do FGC. Entretanto, LCIs e LCAs são produtos que, habitualmente, têm liquidez mais baixa e podem demandar aportes iniciais mais altos. 

CRIs e CRAs

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs) também são títulos com lastro nesses dois mercados. A diferença é que eles são emitidos por securitizadoras a partir de promessas de pagamento futuro, por meio da antecipação de recebíveis. 

De maneira similar às LCIs e LCAs, os CRIs e CRAs contam com a isenção de Imposto de Renda sobre os lucros. Contudo, não há garantia do FGC sobre eles — o que aumenta os riscos da aplicação em comparação a outras alternativas da classe.

Nesse sentido, os riscos mais altos podem representar maiores potenciais de retorno. Assim, CRIs e CRAs podem servir para investidores que buscam ampliar a rentabilidade sem abdicar da previsibilidade da renda fixa. 

Como investir em renda fixa?

Chegando aqui, você já conferiu alguns exemplos de investimentos de renda fixa. Para ampliar seu entendimento sobre eles, vale saber como investir na classe.

Antes de decidir investir nos títulos, você deve considerar seu perfil de investidor e os objetivos financeiros, com os respectivos prazos. Assim, fica mais fácil avaliar as oportunidades e encontrar títulos com datas de vencimento mais adequadas para os seus planos.

É interessante diversificar suas aplicações, para considerar objetivos variados, equilibrar riscos e ampliar as perspectivas de retorno. Com a estratégia definida, você deve abrir conta em uma instituição financeira para conhecer os títulos de renda fixa disponíveis e fazer as aplicações.

Como vimos, saber o que é um investimento renda fixa pode ampliar as possibilidades para compor a sua carteira. Com uma boa estratégia e conhecendo as diferentes alternativas, você terá condições de fazer melhores movimentações no mercado financeiro. 

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