Investimentos internacionais sem sair do Brasil
Por: Eliseu ManicaCom este artigo de Investimentos Internacionais começamos uma série de artigos para ensinar você, TUDO sobre investimentos. Neles vamos demonstrar sobre um tipo de investimento que poucas pessoas conhecem.
Ele atende diversos perfis de investidores, principalmente os que buscam retornos acima do mercado convencional. Este tipo de investimento te permite investir até mesmo no exterior sem precisar abrir conta fora do Brasil.
Diversificação é o segredo para ter sucesso em uma carteira de investimentos, ainda mais neste tipo de ativo.
O ativo que vamos abordar nesse artigo ele será o grande trunfo nos seus investimentos a partir de hoje!
É um tipo de investimento inovador e flexível, que combina elementos de renda fixa e renda variável, com retornos atrelados a ativos e índices, como câmbio, inflação, ações e ativos internacionais.
Diversificação em investimentos internacionais
Vemos uma incerteza global em relação a nossa economia, diante da crise financeira que se instalou no Brasil e não temos nem ao menos previsão de quando acabará.
O medo se tornou algo comum aos investidores brasileiros em relação aos investimentos, principalmente os investimentos internacionais. Muitos procuram ativos clássicos e tradicionais para buscar rentabilidade.
Mas claro, não é tão simples encontrar ativos em um mercado instável.
Por exemplo, de 2012 até 2016 a bolsa brasileira sofreu bastante, tendo caído mais de 40%. Nesse mesmo período, o dólar saiu da faixa de 1,80 e chegou até quase 4 reais.
Com isso o investidor ganharia em dólar, que valorizou praticamente 100% e se protegeria da queda do mercado nacional.
Uma das alternativas para não ficar exposto ao risco do mercado nacional é buscar investimentos internacionais.
Por incrível que pareça não é difícil investir no exterior, mas é possível sim aplicar bem em mercados estrangeiros.
O investimento no exterior normalmente possui um custo mais alto por causa da necessidade do envio dos recursos para outro país.
Por isso existem produtos estruturados para você acessar investimentos internacionais com baixo custo.
Essa diversificação geográfica é tão importante. Uma vez que ela permite que haja uma redução de risco de um portfólio de investimentos.
Perfil de investimentos internacionais
Uma grande vantagem de investir em mercados internacionais é a possibilidade de se expor a toda economia global e não apenas no mercado nacional.
Você sabia que o Brasil representa apenas 2% do PIB global? Como comparação, os EUA representam 23%, China 17% e Índia 4%.
Você investiria todo seu dinheiro apenas em um país? Este conceito é simples, mas ilustra o tamanho da oportunidade para o investidor que acessa investimentos internacionais além do Brasil.
Para quem tem uma aptidão a renda variável, como ações, fundos de investimentos imobiliários e até mesmo derivativos.
Dentre as 43 mil empresas listadas no mundo, mais de 5 mil estão nos EUA, 3 mil na China, 6 mil na Índia, e apenas 330 no Brasil, sendo que em 2007 eram 400.
Para se ter uma ideia, apenas uma ação da bolsa americana, a Apple, é maior do que a Bovespa inteira (em capitalização de mercado).
É muito importante para sua carteira, pois muitas empresas negociadas na bolsa brasileira, possuem atuação apenas no mercado interno e são pouco impactadas ao crescimento da economia global.
O mesmo conta para quem tem um perfil mais conservador, que prefere ter menos volatilidade na sua carteira.
A diversificação em investimentos internacionais para este perfil é fundamental.
Imagine você conseguindo investir em mercados internacionais com taxas de renda fixa mais atraentes.
Mas lembre-se esta diversificação deve ser feita sempre com uma assessoria especializada em investimentos.
Busque entender quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo para identificar quantos % você poderá investir no exterior para diminuir o risco.
Investimentos internacionais na prática
Sabemos que o grande propósito de todo investidor é conseguir montar sua estratégia de investimentos na prática.
O segredo que não te contam é que toda essa diversificação pode ser alcançada com apenas um produto que poucos conhecem.
Então combinar a proteção oferecida pela renda fixa com a possibilidade de ganhos mais robustos proporcionada pela renda variável
Essa é a proposta dos COE (Certificados de Operações Estruturadas).
Este tipo de produto está disponível para todos investidores brasileiros há alguns anos e que nos EUA e Europa é chamada de “notas estruturadas” e são emitidos por bancos.
Este ativo é semelhante ao CDB, LCI e LCA que conhecemos. Ou seja, é usado para captar dinheiro de investidores para os bancos, em resumo, você estará emprestando dinheiro ao banco emissor.
Este mercado movimentou mais de 2 Trilhões de dólares em estoques, em 2018 foram emitidos mais de quase 95 Bilhões de COE globalmente.
Investimentos em COE: o que devo saber
O COE é um produto relativamente novo no mercado brasileiro e possui características bem diferentes dos investimentos mais conhecidos por aqui.
No Brasil, ele foi criado pela Lei 12.249, em 2010, a mesma usada na criação das letras financeiras.
Depois, o COE foi regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em setembro de 2013 e passou a ser emitido dia 6 de janeiro de 2014.
Já no ano de 2015, o Certificado de Operações Estruturadas ganhou regulação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que possibilitou a distribuição por corretoras.
Os COEs são emitidos pelos bancos. Conforme a regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), todos precisam ser registrados junto à B3.
As Instituições financeiras emissoras precisam fornecer o Documento de Informações Essenciais (DIE), que especifica todas as características do COE.
O DIE deve conter toas as seguintes informações: Previsão de fluxo de pagamentos, os riscos envolvidos, as garantias que existirem, os prazos, a expectativa de rentabilidade, entre outros dados.
Ele não possui a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Por isso, junto da sua assessoria de investimentos, analise bem o COE de qual Banco você irá investir.
Tipos de COE
Por ser um produto inovador e flexível, os COEs podem adotar diversas estratégias de investimentos e a rentabilidade depende principalmente do tipo de aplicação.
Existe uma característica fundamental que divide os COEs, e ela tem a ver com a garantia que é oferecida pelos emissores.
- Capital Protegido: garante o valor principal investido. É a modalidade mais indicada para investidores que não querem arriscar o capital. Mesmo que os ativos de referência do produto tenham um desempenho negativo.
- Capital em Risco: possibilidade de perder até o limite do capital investido. Ou seja, perder todo o dinheiro investido, mas sem ficar com saldo negativo.
A grande maioria dos COEs são de capital protegido, ou seja, mesmo que tenham um desempenho negativo, você receberá o seu capital investido.
Ativos e indexadores
Como a gente já comentou, o COE é emitido pelos bancos, os mesmos podem criar diversos estratégias atreladas a uma variedade de ativos.
Todas estratégias de rentabilidade serão baseadas no desempenho desses indexadores durante o período de vigência do COE
Entre os ativos de referência mais comuns estão:
- Juros
- Moedas
- Ouro
- Commodities
- Índices de inflação
- Ações e índices de ações nacionais
- Ações e índices de ações internacionais
Valor Mínimo para este modelo de Investimento internacional
Os valores para você obter este tipo de diversificação e rentabilidade, podem variar de acordo com o banco emissor e das opções que o distribuidor do título oferece.
Os investimentos mais comuns estão entre R$ 5 mil a R$ 100 mil reais, para acessar ativos em mercados internacionais e nacionais.
Os emissores estabelecem esse número de acordo com o nível de complexidade da aplicação, o patamar de risco embutido, o potencial de ganho, entre outros aspectos.
Por exemplo, na XP investimentos a maioria dos COEs tem valor mínimo de apenas R$ 5 mil reais.
Prazo de Resgate do COE como investimento internacional
Se o você precisar do dinheiro de volta antes do vencimento do COE, existe a opção de negociá-lo no mercado secundário.
Nesse caso, o certificado pode ser vendido diretamente a outro investidor que esteja interessado no produto.
As corretoras atuam na intermediação desse tipo de operação, procure seu assessor de investimentos e ele irá lhe ajudar
Essa saída, no entanto, tem uma implicação: o COE é vendido pelo seu preço de mercado e, por isso, a rentabilidade acertada no momento do investimento pode ser diferente.
Já o vencimento do contrato depende do tipo de ativo escolhido. Se você escolheu câmbio, ações ou juros, provavelmente terá um prazo de vencimento menor, de até 90 dias, conforme as janelas de verificações.
É importante lembrar que o investimento em COE não possui liquidez diária, então você precisa estar atento ao prazo do seu investimento para não ter prejuízos.
Escolha um título em que você tenha certeza de não precisar do dinheiro até o prazo de vencimento.
Tributação
O investimento em Certificado de Operações Estruturadas possui tributação do imposto de renda, seguindo a tabela regressiva, assim como nos investimentos em Renda Fixa.
Ou seja, quanto maior o prazo do seu investimento, menor será a alíquota de IR deduzida.
Mas não se preocupe! Na data de vencimento, você já recebe o valor líquido do seu investimento, não sendo necessário se preocupar em declarar o imposto de renda.
Outra vantagem é o fato de todas as aplicações feitas pelo COE poderem ser acompanhadas juntas, em pacote, e não uma por uma.
Isso facilita o trabalho do investidor, que também se beneficia dessa característica na hora de pagar o Imposto de Renda – uma só alíquota e forma de cálculo são aplicadas ao conjunto inteiro. Conforme o quadro abaixo.
Tabela regressiva imposto de renda | |
Prazo do investimento | Alíquota de IR |
Até 180 dias | 22,5% |
181 até 360 dias | 20,0% |
361 até 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15,0% |
Riscos de investimentos em COE
Para manter a segurança do seu patrimônio você deve sempre garantir e entender os riscos de todos seus investimentos.
Aplicando seu dinheiro em COEs existem 3 riscos principais. Risco de Liquidez, Risco de Crédito e Custo de Oportunidade
- Risco de Liquidez: O COE possui data de vencimento e geralmente não pode ser resgatado antes do prazo. Você pode vender no mercado secundário, mas no geral não possui liquidez.
Sempre pense antes em montar sua reserva de emergência e nunca ponha todo seu patrimônio neste tipo de investimento.
- Risco de Crédito: Ao adquirir um COE, o investidor se sujeita ao risco de crédito do banco emissor.
Quer dizer que se a instituição financeira passar por alguma dificuldade, haverá impacto sobre os COEs também.
E atenção: os certificados não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) como acontece com CDBs e outros investimentos de renda fixa. Assim, a melhor forma de se prevenir é escolhendo bancos grandes e confiáveis.
- Custo de Oportunidade: No tipo do COE com capital protegido, o investidor abre mão da rentabilidade de outra aplicação. Acabar no “zero a zero” é uma possibilidade real no caso dos COEs.
Lembrando que A garantia de 100% do capital só vale até a data de vencimento do título.
COMO INVESTIR EM COE
Depois que tudo fora apresentado e você realmente quer obter diversificação de carteira, buscando uma rentabilidade acima do mercado e diminuir o risco em renda variável.
Esse produto é para você! Abaixo fizemos um passo a a passo exclusivo para te ajudar.
Não esqueça, se fosse possui uma assessoria de investimentos, converse com seu assessor (a) antes.
Se caso você ainda não possui assessoria especializada clique abaixo e comece a melhorar seus investimentos AGORA
1. Abra sua conta
Para investir em COEs, o primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora. Isso normalmente é algo bastante simples e dentro de no máximo 48 horas você poderá investir.
Nós recomendamos a XP Investimentos:
2. Descubra seu perfil de investidor
O suitability é o perfil de investimento de cada usuário em sua corretora, que define, através de um processo de identificação de tolerância ao risco, as opções adequadas de estratégias e produtos de investimento para o cliente.
Por isso, quando tiver uma conta aberta, é importante que você preencha o Formulário do Perfil do Investidor.
Na XP Investimentos, por exemplo, os COEs de valor nominal protegido são indicados para os investidores de perfil moderado.
Já os COEs de valor nominal em risco só são liberados para investidores de perfil agressivo. Apenas investidores com o perfil condizente podem aplicar no produto.
3. Escolha o ativo
Depois que tiver passado pelos dois primeiros passos, é hora de escolher os COEs em se mais enquadra para seus objetivos.
Leia atentamente o Documento de Informações Essenciais (DIE) dos ativos que você escolher.
4. Transfira os recursos e comece a investir
Quando sua decisão tiver sido tomada, é hora de começar a operar. Transfira recursos da sua conte corrente para a sua nova conta na corretora por meio de um DOC ou de uma TED.
Leva, no máximo, um dia. Compre os COEs que tiver escolhido e comece a acompanhar o desempenho deles por meio da plataforma de investimentos.
Conclusão e oportunidades nos investimentos internacionais
Neste artigo, você descobriu que a diversificação de ativos em uma carteira de investimentos é fundamental para uma boa rentabilidade a longo prazo.
E um ativo para boa diversificação é o Certificado de Operações Estruturadas (COE) que pode:
- Garantir capital inicial;
- Acessar novos mercados globais;
- Diminuir a volatilidade da sua carteira de investimentos;
- Possibilidade de alto desempenho
- Não possui taxas de aplicação
- Tributação única pela tabela regressiva de Imposto de Renda
- Permite investir no câmbio, mercado estrangeiro e outras opções sofisticadas, porém de forma simples.
É fundamental que você possua um fundo de emergência para não precisar vender seu título antecipadamente e correr o risco de perder dinheiro.
Oportunidade:
Na plataforma de produtos da XP Investimentos está disponível para aplicação mais de 20 COEs com múltiplas estratégias. E uma delas pode se adequar aos seus objetivos