Investimentos para Jovens: 5 dicas para quem está começando

Por: Jonatam Gebing

Por muitos anos o ato de investir se limitou a pessoas mais experientes e com mais capital disponível no Brasil. No entanto, tem sido cada vez mais comum ver a abertura do mercado de investimentos para jovens.

O fato é que buscar por alternativas tanto em renda fixa quanto variável está se tornando um hábito para boa parte da população.

Nesse contexto, é essencial entender o funcionamento desse mercado, a fim de tomar melhores decisões. Em especial, se você é jovem.

Por isso, neste artigo você saberá mais sobre o tema e encontrará 5 dicas para começar a investir desde já.

Vamos lá?

Investir desde Jovem? É necessário?

Quando somos mais novos, é natural que os investimentos não passem por nossas cabeças. Contudo, entender sobre como investir e, consequentemente, começar suas movimentações enquanto jovem pode trazer resultados positivos para o futuro.

Isso porque o mercado financeiro traz perspectivas interessantes no longo prazo, pela ação dos juros compostos. Ou seja, quanto maior for o tempo que você investir, melhores poderão ser os seus resultados no futuro — caso siga uma estratégia adequada.

Desse modo, quem consegue começar cedo pode acumular patrimônio progressivamente. Além disso, diversos pontos positivos podem aparecer. Por exemplo, a criação de uma fonte de renda passiva, a realização de sonhos e uma maior tranquilidade para sua aposentadoria.

Sua idade e seus investimentos: conselhos aos jovens investidores

Iniciando nos Investimentos – 05 Dicas

Uma dúvida que normalmente cerca muitos jovens é o que precisam para começar seus investimentos. Antes de começar a fazer aportes, é preciso seguir algumas etapas.

1. Entender ser perfil de investidor

Esse é o primeiro passo para começar a investir. O perfil de investidor diz respeito à sua tolerância a riscos. Os perfis mais comuns são conservadores, moderados e arrojados. Os conservadores são aqueles que optam por uma maior segurança.

Os arrojados, por sua vez, aceitam maiores riscos porque buscam rentabilidades mais altas. Já os investidores moderados se posicionam entre ambos — combinando suas características. Logo, buscam equilibrar riscos e potencial de rentabilidade.

2. Traçar objetivos

A segunda etapa consiste em desenhar objetivos para os seus investimentos. Você deve pensar no que deseja conquistar, para escolher investimentos adequados às suas metas. Por exemplo, adquirir um imóvel, fazer uma viagem, pensar na aposentadoria etc.

Uma estratégia interessante para diluir riscos e planejar seus diversos objetivos é a diversificação do portfólio. Ao estruturar uma carteira com diversas alternativas, é possível combinar suas metas de curto, médio e longo prazo.

3. Fazer um planejamento financeiro

Também é fundamental que os jovens façam um planejamento financeiro para realizar investimentos. Isso será essencial para possibilitar os aportes e trazer mais segurança ao seu orçamento enquanto você constrói um patrimônio.

Assim, para iniciar, é preciso entender qual sua realidade financeira. Conheça sua renda e seus gastos e determine uma quantia regular para fazer novos aportes. Desse modo, você poderá acumular patrimônio de forma gradativa.

Investir R$ 100 por mês, por exemplo, pode não parecer uma grande quantia inicialmente. Entretanto, dentro de um ano você terá investido R$ 1.200 — e o montante poderá crescer com os aportes frequentes. Desse modo, entender que os resultados virão no longo prazo é essencial.

4. Conhecer investimentos de renda fixa

O próximo passo é conhecer as alternativas disponíveis do mercado e que têm potencial de fazer parte da sua carteira. Muitos jovens iniciantes nos investimentos começam pela renda fixa — em que há segurança e previsibilidade de retorno.

Confira algumas alternativas!

TESOURO SELIC

Uma alternativa muito popular na renda fixa é o Tesouro Selic. Como é um título público, o investidor está emprestando seu dinheiro ao Governo. Assim, ao resgatá-lo, conseguirá lucrar a partir do recebimento dos juros.

No caso do Tesouro Selic, sua principal característica é ter a rentabilidade atrelada à taxa básica de juros da economia brasileira. Se ela estiver em 10% ao ano, por exemplo, será esse o retorno oferecido na sua aplicação.

CDBs

Outro título popular entre os iniciantes na renda fixa é o certificado de depósito bancário (CDBs). A sua principal diferença em relação à opção acima está no fato do investimento ser oferecido por bancos — e não pelo Governo.

A rentabilidade desses produtos pode ser de três formas: prefixada, pós-fixada ou híbrida. No primeiro cenário, a porcentagem de retorno é fixa até o vencimento.

Já na modalidade pós-fixada, você só a conhecerá no momento do resgate, pois ela acompanha um indicador.  Na opção híbrida, como o nome adianta, há a combinação das duas formas de rentabilidade — uma taxa fixa e um indicador (geralmente, a inflação).

5. Considerar investimentos da renda variável

Além da renda fixa, muitos jovens podem se interessar por investimentos da classe de renda variável. Nela, não há previsibilidade de ganhos e os riscos são maiores. Mas, como você tem o tempo a seu favor, é possível manejar os riscos em busca de bons retornos.

Confira exemplos de investimentos dessa classe!

AÇÕES

As ações consistem em uma fração do capital social de uma empresa. Dessa forma, ao adquirir esses papéis você está se tornando um acionista daquela organização. E é possível ter lucros de duas formas.

Uma delas é a partir da valorização dos papéis. Os bons resultados da empresa e a lei de oferta e demanda na bolsa de valores podem elevar os preços dos seus papéis. Portanto, vendê-los na alta poderá trazer lucros.

Outra forma de obter ganhos é a partir do recebimento de proventos, como os dividendos. As empresas podem repassar parte dos lucros de forma regular para seus acionistas, o que pode tornar suas ações uma fonte de renda passiva.

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Outra possibilidade na renda variável são os fundos imobiliários (FIIs). Eles se posicionam como um caminho mais acessível para se investir no mercado de imóveis. Nesse caso, você comprará cotas de participação em fundo que, por sua vez, terá um gestor responsável.

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Um dos principais pontos positivos dos FIIs está na possibilidade de receber dividendos regulares. Em fundos que alugam empreendimentos físicos, por exemplo, você pode ter ganhos oriundos dos aluguéis.

ETFS

Por fim, também existem os exchange traded funds (ETFs) — que, em português, são chamados de fundos de índice. Eles se caracterizam por replicar o resultado de um indexador que usam como referência — e que pode ter ligação com diversos investimentos, como ações ou títulos de renda fixa.

Como começar a investir?

Você já conheceu os pontos que precisa considerar antes de investir e algumas alternativas para jovens investidores. Vale ressaltar que é fundamental pautar suas decisões em seus objetivos e no perfil de risco, para compor uma carteira adequada.

Para finalizar, deixamos algumas dicas bônus que farão toda a diferença nos seus investimentos.

Poupe mensalmente

Poupar mensalmente é um hábito que deve estar na rotina dos investidores. Para melhorar o acúmulo de patrimônio e diminuir o risco de endividamento, é fundamental reservar uma parcela dos ganhos.

Assim, você conseguirá destinar esse valor para alternativas que ajudem a alcançar os objetivos financeiros. Por isso, providencie um controle financeiro próprio e crie o hábito de nunca gastar tudo o que ganha.

Faça aportes frequentes

Junto a poupar mensalmente, uma dica essencial para jovens investidores é fazer aportes frequentes. Essa é uma ótima maneira para acumular patrimônio e potencializar os seus resultados com os investimentos.

Economizar um valor por mês e realizar aportes é essencial para fazer bom uso do seu dinheiro. Então, sempre que possível, aloque parte do seu capital em aplicações ou ativos financeiros de acordo com os seus objetivos.

Diversifique a carteira de investimentos

A diversificação da carteira é uma dica que você escutará com frequência na sua jornada de investimentos. Essa é uma estratégia indispensável para diluir riscos e potencializar os resultados dos seus aportes.

Ela consiste em evitar que o seu capital fique exposto a apenas um ativo ou um setor, por exemplo. Se isso acontecesse, qualquer problema relacionado a essas áreas gerariam perdas que afetariam grande parte do seu patrimônio.

Conseguiu esclarecer suas dúvidas sobre qual o melhor investimento para jovens investidores? Lembre-se de que não há uma resposta certa para essa dúvida, pois cada um terá objetivos e perfis diferentes. Assim, manter-se atualizado e estudando sobre o mercado ajudará na composição do seu portfólio.

Conclusão

Para construir o futuro no presente, é preciso cuidar bem das suas finanças. Isso envolve ter hábitos financeiros saudáveis e investir de maneira estratégica com foco no futuro.

Vale ressaltar que é importante conhecer o mercado financeiro para tomar boas decisões de investimento.

Se você quer ter uma aposentadoria tranquila, é preciso pensar no futuro desde já. Se suas finanças não estão organizadas, faça um bom planejamento a fim de começar a investir.

Desse modo, você não terá arrependimentos e conseguirá manter a sua qualidade de vida quando chegar o momento!

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