Morning Call 03/02

Por: Filipe Teixeira

Ações asiáticas encerram de forma mista; Futuros em Wall Street em queda após resultados das “Tech Trio”

As ações asiáticas encerraram a semana de forma mista, enquanto os futuros de ações dos EUA e da Europa operam no terreno negativo, após os resultados decepcionantes de Apple, Amazon.com e Alphabet, que pesaram sobre o sentimento dos mercados.

Na véspera, o otimismo tomou conta de Wall Street, especialmente no índice Nasdaq, que avançou 3,25% nesta quinta-feira. O resultado das três gigantes indica que a desaceleração econômica pode estar limitando a demanda por eletrônicos, comércio eletrônico, computação em nuvem e publicidade digital.

Na índia, as perdas das companhias de Gautam Adani parecem não encontrar o fundo do poço. Todas as 10 ações do grupo caíram enquanto o bilionário indiano luta para restaurar a confiança na saúde financeira de seu conglomerado após acusações de fraude pela Hindenburg Research. As ações da Adani Enterprises chegaram a cair 35%, a maior já registrada durante as negociações intradiárias, antes de reduzir as perdas.

Entre as commodities, o petróleo caminha para uma segunda queda semanal , com o otimismo sobre a recuperação da demanda chinesa diminuindo e os estoques dos EUA ainda indicando uma expansão.

Investidores em todo o mundo têm aplaudido o que eles percebem como graus variados de inclinações dovish dos bancos centrais em todo o mundo.

Nos EUA, o Departamento do Trabalho divulga seu relatório de emprego (payroll) para janeiro nesta sexta-feira. Na quarta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central americano fez progresso em sua batalha contra a inflação, mesmo com os dados do mercado de trabalho continuando a mostrar um aperto que pode aumentar as pressões salariais.

Por aqui, depois de uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que não é possível aprovar uma reforma tributária em menos de seis meses. Por isso, segundo ela, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, que precisa ser enviada pela equipe econômica ao Congresso até abril, não deve levar em conta eventuais mudanças no modelo de tributação do País.

“A reforma tributária é um processo que começa agora, mas a gente está, mais ou menos, definindo alguma coisa em torno de seis meses. Não dá para falar em uma reforma tributária em menos (tempo) que isso”, disse Tebet a jornalistas. “Então, não dá para apresentar uma LDO pensando numa reforma tributária que ainda nem começou a tramitar”, emendou. Ontem, a ministra estimou a aprovação da matéria no Congresso até 15 de julho.

Tebet foi ao gabinete de Lira para começar as tratativas e se colocar à disposição para debater a reforma tributária. “Entramos mais em detalhes de mérito do que de forma”, afirmou. Em entrevista ao Estadão no mês passado, ela disse que trabalhará “nas horas vagas e depois do expediente” no Congresso para aprovar a medida. “É o ano de aprovar a reforma tributária. Ou é agora ou é nunca”, disse.

 

 

 

 

 

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