Morning Call 09/02
Por: Filipe TeixeiraFuturos em NY operam em alta em dia de IPCA e balando do Bradesco
As ações asiáticas encerraram a quinta-feira de forma mista, com os futuros de ações dos EUA e da Europa operando no terreno positivo, depois de um dia de baixa em Wall Street nesta quarta-feira, refletindo comentários mais agressivos de autoridades do Federal Reserve que levaram os investidores a repensar as expectativas sobre o pico das taxas nos EUA em 2023.
A aversão ao risco se deu após comentários de quatro autoridades do Fed que falaram em eventos separados na quarta-feira e reforçaram uma mensagem compartilhada: a luta contra a inflação ainda não está vencida. Os mercados futuros de fundos do Fed precificam taxas mais altas, com alguns operadores de opções apostando que a referência de política dos EUA chegará a 6% .
No entanto, o presidente do Fed Bank de Nova York, John Williams, disse que as indicações anteriores do Fed (feitas em dezembro) de que as taxas subiriam para 5,1% permanecem precisas.
Uma queda de 7,7% nas ações da Alphabet ampliou o impacto nas ações de tecnologia, já que os investidores demonstraram preocupação de que seu novo chatbot de inteligência artificial Bard possa gerar respostas imprecisas. As ações da Walt Disney subiram no after após os lucros do quarto trimestre terem superado as estimativas. A empresa anunciou uma reestruturação que inclui cortar 7.000 empregos como parte de um plano de corte de custos de US$ 5,5 bilhões.
Entre as commodities, o petróleo se estabilizou durante as negociações na Ásia, depois de subir cerca de 7% nas três sessões anteriores, com os investidores avaliando os comentários mais recentes de autoridades do Fed e dados mistos da Energy Information Administration.
Por aqui, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira que o governo deve aprofundar em breve o debate sobre a política de preços da Petrobras.
“Existe uma preocupação de todo o governo em resolver a política de preços. Só que não tem nenhuma política formatada ainda. […] É uma pauta muito sensível e tem que ser debatida com muita cautela, muita profundidade”, declarou.
Silveira defende ainda que o debate precisa ser feito com “transversalidade”, envolvendo os ministérios da Economia e de Minas e Energia.
“Acho que a questão da paridade tem que ser discutida […] até que o presidente tenha uma posição de todos e arbitre sobre a melhor política, porque toda política de preço, quando se trata de um mundo globalizado, ela tem causas e consequências”, afirmou.
Atualmente, a política de preços da Petrobras é feita com base no preço cobrado pelo petróleo no mercado internacional.