Por: Filipe Teixeira

Ações asiáticas sobem; Futuros em Wall Street operam estáveis e Governo brasileiro identifica novas ameaças golpistas marcadas para hoje

As ações asiáticas encerraram a quarta-feira em alta (exceção ao índice Shangai, na China), enquanto os futuros em Wall Street operam estáveis, com os investidores antecipando as apostas de que o índice de preços ao consumidor dos EUA mostrará uma queda ainda maior do que o projetado
As ações avançaram em Hong Kong, Japão e Austrália depois que o S&P 500 voltou a ficar acima de sua marca de 3.900 , apoiado pela reabertura da China após o encerramento de sua política covid zero ainda em dezembro..
O Kospi da Coréia do Sul também avançou, ainda que distante das máximas da sessão, uma vez que os fabricantes de semicondutores diminuíram os ganhos. Os planos da Apple Inc. de começar a usar seus próprios monitores personalizados em dispositivos móveis pesaram para o ambiente de negócios.
Nesta terça-feira, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, se absteve de comentar sobre as perspectivas para a política monetária, enquanto os investidores analisam os dados de inflação a serem divulgados nesta quinta-feira em busca de sinais de arrefecimento. Tal cenário poderia ajudar a construir o caminho para uma redução do ritmo dos aumentos de juros, mesmo que algumas autoridades digam que é muito cedo para declarar vitória sobre a inflação.
De volta à Ásia, o foco segue na China e em sua reabertura das restrições contra a Covid. O índice MSCI Asia Pacific subiu, somando-se ao movimento de segunda-feira, quando virou para o positivo em meio a esperanças de crescimento econômico e fraqueza do dólar.
O otimismo em relação à demanda da China também ficou evidente no mercado de minério de ferro , com o ingrediente siderúrgico subindo acima de US$ 120 a tonelada em Cingapura.
No entanto, a reabertura da China também desencadeou uma onda de infecções e requisitos mais rígidos para que seus cidadãos entrem em muitos países. Pequim começou a reagir contra isso, suspendendo alguns vistos para a Coreia do Sul e o Japão.

Por aqui, o governo detectou novas ameaças de golpe de Estado em mensagens que anunciam uma “Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder” para esta quarta-feira em todo o Brasil, e baseado nelas, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF). A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que adote medidas urgentes para impedir os novos atos.
Em reunião do gabinete de crise realizada na noite desta terça-feira, decidiu-se pelo reforço da segurança na capital federal e em outras capitais onde bolsonaristas prometem novos ataques à ordem pública. Os batalhões da Guarda Presidencial e da Polícia do Exército, além do Regimento de Cavalaria, devem ser acionados.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, pediu providências ao STF:
“Vê-se, da postagem acima registrada (convocação), que o País se encontra na iminência de entrar com grave situação, novamente, após os trágicos eventos do domingo, 8, quando o mundo, estarrecido, assistiu à tentativa de completa destruição do patrimônio material e imaterial, além de todo o simbolismo que carregam as instituições democráticas”, diz a petição da AGU. Segundo o documento, “as instituições, novamente, são chamadas a reagir”.

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