Morning Call 15/03

Por: Filipe Teixeira

Setor bancário recupera parte das perdas e índices globais avançados

As ações asiáticas encerraram a quarta-feira em alta, mesma direção apontada pelos futuros em Wall Street, que avançam muito próximos da estabilidade, enquanto os investidores seguem apostando que o pior das consequências globais do setor bancário americano já passou.

O setor financeiro esteve entre os maiores ganhos nesta quarta-feira em Tóquio e Hong Kong, onde o índice Hang Seng subiu acima de 1,5%. As ações dos EUA subiram nesta terça-feira, ajudando a definir o cenário para a mudança de sentimento na Ásia.

Os investidores também vão digerindo uma série de dados econômicos da China, onde as vendas no varejo subiram dentro das expectativas, enquanto a produção industrial veio um pouco abaixo do que o projetado. O aumento das vendas de imóveis forneceu um sinal claramente positivo, refletido em uma alta no índice imobiliário do continente.

O preço dos swaps está de volta à posição para que o Federal Reserve eleve as taxas em 25 pb na próxima semana. O núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI), aumentou 0,5% em fevereiro, ligeiramente acima da estimativa mediana de 0,4% e o suficiente para manter a pressão sobre os formuladores de políticas para aumentar as taxas.

Comentários de empresas de classificação do setor financeiro enfatizaram que o mesmo provavelmente permanecerá frágil após as maiores falências de bancos americanos desde a crise financeira de 2008.

A Moody’s Investors Service cortou suas perspectivas sobre o setor logo após o trio de colapsos bancários nos últimos dias.

Entre as commodities, o petróleo subiu em relação ao fechamento mais baixo em três meses, com os traders avaliando as perspectivas para a demanda.

Por aqui, o Senado Federal aprovou, nesta terça-feira, seu requerimento para a realização de uma sessão de debates com o tema “juros, inflação e crescimento”. Serão convidados para o encontro os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, além de economistas ilustres e presidentes de confederações do setor produtivo nacional. O requerimento é de autoria do próprio presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“É um tema muito movimentado no País atualmente, com discussões que por vezes ensejam muitas divergências”, disse Pacheco durante a apresentação da medida. Para ele, é preciso retirar conclusões técnicas para o avanço da discussão. “É o desejo de todos, inclusive do Banco Central, não tenho dúvida, que é a redução da taxa de juros no País”, concluiu.

Foram convidados o ex-presidente do BC Armínio Fraga; o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes Ferreira; o diretor-presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Rodrigo Maia; um representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), presidida por Josué Gomes da Silva; representantes da Confederação Nacional da Indústria, da Confederação Nacional do Trabalho, da Confederação Nacional do Comércio, do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor, da Associação Brasileira de Desenvolvimento e de três economistas indicados por Pacheco: Marcos Lisboa, Carlos Viana de Carvalho e Bruno Funchal.

 

 

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