Futuros em NY ensaiam recuperação após empréstimo do BC suíço ao Credite Suisse

As ações asiáticas encerraram mais um dia de perdas generalizadas, enquanto os futuros em Wall Street avançam, depois que o Credit Suisse Group afirmou que deve tomar dinheiro emprestado junto ao banco central da Suíça.

Na Ásia, os benchmarks de ações de China e Hong Kong caíram mais de 1%, com as empresas financeiras entre as mais atingidas em ambos.

O Euro Stoxx 50 avança em torno de 2%, reagindo à notícia de que o banco conseguiu um empréstimo de até 50 bilhões de francos (US$ 54 bilhões) junto ao Banco Nacional Suíço e oferecerá a recompra de até três bilhões de francos de dívidas denominadas em dólares e euros.

Os contratos futuros do S&P 500 avançam, depois que o índice caiu 0,7% nesta quarta-feira. As ações de tecnologia estão entre os destaques de alta, já que os investidores passaram a prever que as taxas de juros subiriam menos do que o previsto anteriormente. Os futuros do índice Nasdaq também avançam, depois que o índice registrou seu terceiro dia de ganhos na sessão de ontem, com a recuperação de Netflix, Meta Platforms, Microsoft e Amazon.com.

A venda de ações de bancos arrastou o KBW Bank Index, uma das medidas mais amplas do sistema bancário dos EUA, para uma queda de mais de 3% nesta quarta-feira. As ações do First Republic Bank caíram mais de 20% depois de ter sua nota de crédito reduzida por duas empresas de crédito, elevando suas perdas recentes para mais de 70%.

Os investidores seguem divididos sobre a trajetória dos juros do Federal Reserve na próxima semana. Os preços de mercado agora sugerem que o Fed cortará as taxas em até 1% até o final do ano.

Entre as commodities, o petróleo avança, depois de registrar seu nível mais baixo em 15 meses. Cobre e alumínio também operam em alta e o ouro vai sendo negociado próximo de seu nível mais alto em seis semanas, com sinais de que os problemas no setor bancário podem levar o Fed a interromper os aumentos das taxas.

Por aqui, o Ibovespa encerrou a quarta-feira em baixa de 0,25%, aos 102.675,45 pontos, em seu menor nível de fechamento desde 1º de agosto (102.225,08), emendando a quinta perda diária consecutiva. O giro foi a R$ 52,5 bilhões nesta quarta-feira de vencimento de opções sobre o índice. Na semana, o índice cai 0,91%; no mês cede 2,15% e, no ano, acumula perdas de 6,43%.

Já o dólar encerrou a sessão em alta de 0,70% a R$ 5,2943 – o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro (R$ 5,3523). Na semana, a moeda norte-americana acumula alta de 1,65% ante o real, que sofre menos, contudo, que seus pares principais entre países emergentes. As perdas se dão em meio a uma onda de aversão ao risco mundo afora que levou investidores a buscar refúgio na moeda dos EUA.