Morning Call 26/01

Por: Filipe Teixeira

 Hong Kong retorna do feriado e futuros europeus e em NY avançam

As ações asiáticas encerraram a quinta-feira de forma mista, com o retorno das negociações em Hong Kong após o feriado do ano novo lunar, enquanto os futuros de ações da Europa e dos EUA apontam para o terreno positivo, em meio a um tom positivo para os ativos de risco, com um indicador de força do dólar perto da maior baixa em nove meses e esperanças de uma pausa nos aumentos dos juros.

As empresas de tecnologia listadas em Hong Kong foram o destaque da sessão, empurrando o índice de referência das ações asiáticas para o fechamento mais alto desde abril.

Os mercados na Austrália foram fechados para um feriado nacional, juntamente com os negócios na Índia e China. Os ganhos registrados esta semana nas ações chinesas listadas nos EUA e no S&P 500 contribuíram para a alta das ações em Hong Kong.

A fraqueza verificada no dólar acompanhou a especulação de que o Federal Reserve pode estar se aproximando de uma pausa em seu ciclo de alta de juros. O Banco do Canadá, que liderou seus pares globais em aumentar as taxas rapidamente no ano passado, agora indicou que se manterá estável.

No mercado de ações dos EUA durante a noite, as perdas anteriores foram em sua maioria recuperadas, já que a atenção mudou do resultado preocupante da Microsoft para o relatório de lucros da Tesla: a gigante dos veículos elétricos de Elon Musk caiu no final do pregão antes de ganhar mais de 5%.

A International Business Machines (IBM) apresentou uma previsão de vendas anual otimista, ao mesmo tempo em que anunciou que eliminaria cerca de 1,5% de sua força de trabalho global, após cortes de empregos semelhantes por muitos de seus pares de tecnologia.

O S&P 500 caminha agora para o melhor janeiro desde 2019, impulsionado pelas expectativas de que o Fed irá moderar seus aumentos de juros. A recuperação das ações ocorreu no momento em que a economia caminha para uma desaceleração.

No cenário doméstico, após encontro com o presidente do Uruguai, Lacalle Pou, o presidente Lula acenou para negociações de um acordo comercial do Mercosul junto à China. Lula prometeu ainda destravar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, considerada, comprometendo-se a discutir uma renovação do Mercosul.

As relações comerciais entre Uruguai e China são uma das maiores preocupações da viagem de Lula, que tenta impedir o avanço dessas negociações para evitar a fragilização do bloco.

“Disse a Lacalle e digo a meus ministros, vamos intensificar as discussões com a União Europeia e vamos firmar esse acordo para que a gente possa discutir apenas um possível acordo entre China e Mercosul. E eu acho que é possível”, declarou Lula após a reunião em Montevidéu.

“Quero dizer para o presidente que as ideias de discutir a chamada inovação ou renovação do Mercosul estávamos completamente de acordo. O que precisamos fazer para modernizar o Mercosul? Primeiramente, queremos sentar à mesa com nossos técnicos, depois com nossos ministros e finalmente com os presidentes para que a gente possa renovar aquilo que for necessário renovar”, prometeu Lula. O bloco do Mercosul ainda envolve Argentina e Paraguai.

 

 

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