Morning Call: ações asiáticas e futuros em Wall Street apontam para o positivo em sexta-feira marcada por anúncio de ministros no Brasil

Por: Filipe Teixeira

Pela primeira vez na semana, as ações asiáticas encerram o dia em alta, mesma direção dos futuros em Wall Street, com os investidores na expectativa para as leituras da inflação ao produtor, em busca de pistas sobre o caminho dos aumentos das taxas de juros, depois que o S&P 500 registrou seu primeiro avanço neste mês.

Um índice de referência de ações asiáticas caminha para seu sexto ganho semanal, o mais longo em dois anos.
As ações chinesas subiram depois que dados indicaram uma contração dos preços de fábrica e que a inflação ao consumidor diminuiu, dando ao banco central do país algum espaço para flexibilizar a política monetária. As ações imobiliárias chinesas ampliaram os ganhos com as expectativas de mais apoio do governo.

Os investidores estão se animando com quaisquer sinais de suavidade nos preços que possam permitir que os formuladores de políticas em todo o mundo sejam menos agressivos e mais favoráveis ao crescimento econômico.
O dólar vai caindo pelo terceiro dia em relação à maioria de suas principais contrapartes na cesta de moedas do G10, com a demanda por investimentos considerados mais seguros diminuindo.

Os rendimentos do Tesouro americano caíram, com a taxa de 10 anos pairando em 3,45%. Os rendimentos dos títulos do governo também caíram na Austrália, enquanto o rendimento de referência de 10 anos do Japão caiu meio ponto base.

O índice de preços ao produtor dos EUA em novembro é um dos dados finais que os formuladores de políticas do Federal Reserve verão antes da reunião de 13 e 14 de dezembro. O PPI em outubro esfriou mais do que o esperado. Enquanto isso, há alguns sinais de que o mercado de trabalho está esfriando, com os pedidos de auxílio-desemprego subindo para o nível mais alto desde o início de fevereiro.

Entre as commodities, o petróleo ensaia uma recuperação mais uma vez, enquanto se encaminha para uma queda semanal de cerca de 10%, após uma sessão extremamente volátil nesta quinta-feira devido a preocupações com as perspectivas econômicas.

Por aqui, em conversa com o futuro ministro da Defesa, José Múcio, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva definiu nesta quinta-feira os nomes dos próximos oficiais que irão comandar as Forças Armadas. O nome de José Múcio deve ser anunciado na coletiva de imprensa agendada para às 10h15min de hoje.

O próximo comandante-geral do Exército será o general Júlio César Arruda. O comando da Força Aérea Brasileira (FAB) será exercido pelo brigadeiro Marcelo Damasceno, os dois, os mais antigos da tropa. Para a Marinha, o segundo nome na lista de antiguidade foi escolhido: o almirante Marcos Olsen.

O presidente eleito foi orientado a seguir o critério de antiguidade para prestigiar os oficiais-generais com mais tempo de caserna, para assim, evitar maiores e novos problemas com as Forças Armadas, onde sabidamente não goza de muito prestígio. Prova disso é que o gabinete de transição sequer conseguiu montar um grupo técnico de trabalho para fazer um mapeamento do setor.

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