O que é CDI? Qual sua importância nos investimentos?

Por: Kim Zogby

Nós já ouvimos falar dessa sigla não é mesmo? Mas o que é e para que serve? Ou ainda, como isso influencia nos meus investimentos?

Saiba que até você que investe na poupança precisa ficar de olho nesse importante indexador, pois terá influencia em seus rendimentos.

Antes de mais nada, vamos ao conceito: CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um título emitido pelos bancos para captar recursos de curtíssimo prazo.

É um dos principais instrumentos de intermediação financeira no mercado interbancário, permitindo que as instituições financeiras possam emprestar ou tomar dinheiro emprestado entre si.

Mas por que os bancos precisam no final do dia emprestar ou tomar dinheiro entre eles?

Os bancos podem precisar emprestar ou tomar dinheiro emprestado entre si no final do dia por diferentes motivos, entre eles:

Gerir a liquidez, pois no decorrer do dia, os bancos podem enfrentar flutuações em seu caixa, devido a quantidade de saques, pagamentos ou ajustes em seus balanços.

No final do dia, eles procuram equilibrar suas contas e garantir que tenham a quantidade adequada de dinheiro disponível para atender a essas demandas.

Se um banco tiver um excesso de liquidez, ele pode emprestar dinheiro para outros bancos que estejam temporariamente com falta de fundos.

Conforme determinações do Banco Central, os bancos tem  obrigação de manter certos níveis mínimos de reservas ou capital, portanto, um banco no final do dia, ele pode tomar empréstimos ou emprestar a outros bancos para atender a esses requisitos regulatórios.

Como o Banco central influencia essa decisão? O que ele tem a ver com isso?

O banco central estabelece requisitos de reserva compulsória, que são percentuais dos depósitos que os bancos comerciais devem manter como reserva no banco central.

Essa reserva compulsória é uma forma de regulação monetária e ajuda a controlar a oferta de moeda na economia.

Ao exigir que os bancos mantenham uma reserva, o banco central limita a quantidade de dinheiro que os bancos podem emprestar e influencia a liquidez do sistema financeiro.

 

Além disso, o banco central utiliza a reserva compulsória como uma ferramenta de política monetária para influenciar as condições econômicas e financeiras do país.

Através do ajuste dos requisitos de reserva, o banco central pode aumentar ou diminuir a quantidade de dinheiro disponível para empréstimos pelos bancos comerciais.

Essa manipulação afeta as taxas de juros, a disponibilidade de crédito e, consequentemente, a atividade econômica.

Mas como se calcula a taxa do CDI?

O cálculo da taxa do CDI se baseia nas operações realizadas nesse mercado.

A taxa do CDI é calculada diariamente pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).

A CIP coleta os dados das operações realizadas pelos bancos no mercado interbancário, calcula a taxa média ponderada dessas transações e divulga o valor do CDI para o dia seguinte.

O cálculo da taxa do CDI leva em consideração os volumes e taxas de juros negociadas pelos bancos durante o dia.

Quanto mais intensa for a demanda por empréstimos e quanto mais alta forem as taxas negociadas entre os bancos, maior será a taxa do CDI.

Da mesma forma, se a demanda por empréstimos for baixa e as taxas praticadas forem menores, a taxa do CDI será mais baixa.

E qual a relação entre o CDI e a taxa Selic?

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e a taxa Selic estão intimamente relacionados. A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, determinada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que é responsabilidade do Banco Central do Brasil. Já o CDI está diretamente influenciado pela taxa Selic.

A taxa do CDI tende a acompanhar de perto a taxa Selic, refletindo as condições de liquidez e oferta de recursos no mercado interbancário. A razão para essa relação se dá na forma como as transações interbancárias são realizadas.

O CDI é calculado como uma média ponderada das taxas de juros das operações interbancárias diárias. Muitas dessas operações são lastreadas em títulos públicos, especialmente os títulos do Tesouro Nacional conhecidos como “LFT” (Letras Financeiras do Tesouro), que são remunerados pela taxa Selic.

Assim, quando a taxa Selic é reduzida pelo Banco Central, as taxas de juros dos títulos públicos também são reduzidas, o que, por sua vez, influencia as taxas praticadas nas operações interbancárias e, consequentemente, a taxa do CDI.

 

Em geral, a taxa do CDI se mantém próxima à taxa Selic, com pequenas variações. A diferença entre elas é conhecida como “spread”, que representa os custos e margens dos bancos nas transações interbancárias.

Como o CDI influência nos investimentos?

Como dito anteriormente, até mesmo investidores conservadores que investem na poupança precisam estar atendo a taxa Selic, visto que tem influência em seu rendimento.

A taxa de juros de rendimento da poupança possui um percentual anual de 70% da taxa Selic, quando a Selic está igual ou abaixo de 8,5% ao ano. Se a taxa Selic for superior a 8,5%,  a remuneração da poupança renderá 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial

Os títulos de renda fixa como CDB, LCI, LCA e Títulos públicos também tem influencia do CDI.

Quando um investidor escolhe aplicar em um titulo de 100% do CDI, o seu rendimento está diretamente ligado ao quanto o CDI variar.

Portanto, a taxa Selic subindo, esse titulo tende a valorizar o rendimento. Já a taxa de Selic caindo o mesmo vai diminuir.

E quanto aos títulos pré-fixados e IPC-A +? Existe alguma correlação?

Apesar de eles serem indicadores que não estão diretamente ligados ao CDI, eles podem sofrer alterações quando estamos a procura de investir. Por que?

Quando o Banco Central analisa ser interessante baixar os juros, visto a inflação estar controlada, títulos pré-fixados ficam mais interessantes e com isso, a procura tente a ser maior.

O mesmo vale para títulos com indexador de IPC-A +. Quando se analisa que o Banco Central vai diminuir os juros, a economia tende a movimentar mais, os preços subirem e a inflação também.

O IBGE, órgão que mede a inflação, divulga mensalmente se o pais teve naquele período inflação, quando os preços sobrem ou deflação, quando os preços diminuem.

Se um titulo de CDB estiver indexado a IPC-A + e a inflação no período for alta, é um título que tende a ter um bom rendimento

O CDI alto ou baixo influencia na bolsa de valores?

Será que o CDI tem alguma relação com a renda variável?

O CDI e a bolsa de valores são dois elementos distintos do mercado financeiro, mas podem ter algumas interações indiretas.

Os investidores podem movimentar seus recursos entre a renda fixa e a renda variável com base em suas expectativas sobre os retornos e riscos envolvidos.

Se a taxa do CDI estiver alta, alguns investidores podem optar por investir em renda fixa, enquanto uma taxa do CDI baixa pode estimular um movimento de recursos em direção à renda variável, como a bolsa de valores.

Quando ocorreu a pandemia em 2020 e 2021 e o Banco Central optou por baixar a Selic para 2%, muitos investidores optaram em entrar na bolsa, visto que investimentos em renda fixa não estava atrativo.

Se você tivesse um investimento de 100% do CDI nessa época, você estaria ganhando 2% ao ano, o que faz com que muitos investidores optem por aumentar o seu risco e buscarem alternativas melhores.

Agora, em contrapartida em 2022 e 2023, quando o Banco Central começou a aumentar a taxa Selic e permaneceu por muito tempo a 13,75%, os investidores optaram por deixarem seus investimentos com mais segurança na renda fixa, controlando mais  o risco.

Afinal, quando você está com seu dinheiro rendendo mais de 1% ao mês com um risco baixo, muitos optam por não correrem o risco, e com isso a bolsa de valores acaba não ficando tão atrativo.

Por isso a importância de um assessor de investimentos para gerenciar o seu patrimônio.

O assessor de investimentos otimiza o tempo e busca sempre estar alinhado com o interesse do investidor.

Por estar sempre acompanhando o mercado e as movimentações da economia, ter um assessor de investimentos evita que os investidores cometam erros operacionais.

Além disso, as melhores oportunidades e as estratégias a curto, médio e longo prazo estarão alinhadas para que possa ser aproveitado as melhores opções quando os juros estiverem alto ou quando houver um sinal de que a inflação irá subir ou diminuir.

Fale com um assessor para que possamos auxiliar no acumulo e na proteção do seu patrimônio.

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