A história do Starbucks

Por: Danilo Arlindo Lorenzi Neto

Nesse artigo, você vai conhecer a história por trás dessa marca global, Starbucks e entender como ela passou de uma loja de grãos de café, para se tornar o ícone mundial da indústria do café.

    1. DO PORTO DE SEATTLE PARA O MUNDO;
    2. HOWARD SCHULTZ – O HOMEM QUE MUDOU O NEGÓCIO;
    3. A AQUISIÇÃO DA STARBUCKS;
    4. A EXPANSÃO METEÓRICA  E SUAS PARCERIAS;
    5. FILOSOFIA STARBUCKS;
    6. INVESTINDO NA STARBUCKS.

STARBUCKS DO PORTO DE SEATTLE PARA O MUNDO

Fundada na década de 70, na região do porto da chuvosa Seattle pelo escritor Gordon Bowker, e pelos professores Jerry Baldwin e Zev Siegel, a Starbucks teve o nome inspirado no personagem “Starbuck” do famoso livro “Moby Dick”, de Herman Melville.

O foco da loja em seu início era na qualidade dos cafés que vendiam, oferecendo aos clientes grãos torrados na hora de diversos tipos e países.

Se você conhece a Starbucks como é nos dias de hoje, vai ficar surpreso em saber que o modelo de negócio inicial era completamente diferente do atual. A Starbucks apenas comercializava o grão do café e equipamentos para o seu preparo.

A filosofia de seus fundadores sobre o café era que a bebida deveria ser tomada em casa e não para consumida no Starbucks ou take away – leve embora,  como atualmente é o seu foco.

A loja rapidamente se popularizou entre os apreciadores de café da região de Seattle, os quais buscavam grãos diferenciados e de qualidade superior aos que normalmente eram encontrados no mercado.

A torra do café feita na loja era mais escura que as demais, o que tornava o café vendido na Starbucks muito característico, mais forte, encorpado e saboroso.

Fonto: Banco de imagens

 

HOWARD SCHULTZ – O HOMEM QUE MUDOU O NEGÓCIO 

Howard Schultz, o então gerente da Hammarplast, empresa que vendia cafeteiras e equipamentos de cozinha, resolveu visitar uma Starbucks em Seattle depois de perceber a demanda crescente da loja por mais e mais cafeteiras.

Ao entrar na loja, foi instantaneamente cativado pelo ambiente, classificando-o como um templo aos amantes de café.

Um ano depois, após reunir-se com os fundadores da empresa, decidiu trabalhar na Starbucks e foi contratado como diretor de operações de varejo e marketing.

O foco continuava sendo a venda de café para o consumo doméstico e não no local. Mas Howard, após uma viagem à Itália, viu que o negócio poderia dar um novo passo.

Ao conhecer as cafeterias italianas, Schultz teve um grande insight. Ele percebeu que os donos das cafeterias tinham uma estreita relação com os clientes, os conheciam pelos nomes e sabiam quais eram as suas bebidas preferidas.

Além da diversidade de opções de bebidas que tinham o café como base, como cappuccinos e Lattes.

Howard percebeu que o consumo de café era um hábito de seus apreciadores, um momento de felicidade, com o poder de criar uma relação pessoal entre as pessoas que compartilhavam desse hábito.

Foto: Janson Redmond

 

Em sua volta a Seattle, Schultz convenceu os donos a realizarem um teste com a venda de um Latte da Starbucks. Apesar do sucesso, os donos não queriam mudar o foco da empresa, e decidiram seguir o seu modelo tradicional.

Howard seguiu trabalhando na Starbucks por um tempo, mas acreditando no negócio em que havia imaginado, saiu da empresa em 1985 e foi atrás de investimento para fundar a sua própria cafeteria.

E não foi fácil, o agora empresário, conversou com 242 pessoas para conseguir arrecadar o necessário para o seu projeto, dos quais 217 disseram não.

Tentem imaginar o quão desanimador foi ouvir 217 vezes que não valia a pena investir em sua empresa.”

Apesar do desgaste, ele conseguiu arrecadar US $1.5 milhão de dólares e, finalmente, fundou sua própria cafeteria: a Il Giornale.

Baseado no que seu fundador havia visto na Itália, a Il Giornale servia diferentes variedades de cafés como latte, cappuccinos e mocha que, até então, não eram comuns em Seattle.

Com cafés diferenciados, aliados a um ambiente extremamente aconchegante, Howard conseguiu o que queria: fez com que sua clientela criasse o hábito de sempre visitar sua loja em busca de seus cafés favoritos e praticamente exclusivos da Il Giornale.

A AQUISIÇÃO DA STARBUCKS

Com o estrondoso sucesso da Il Giornale, ele conseguiu capital suficiente para, dois anos depois, em 1987, comprar a Starbucks por US$3.8 milhões. Com a fusão, surge a Starbucks Corporation.

Até então, o café não era considerado um produto de alto valor agregado no mercado americano, e seu consumo diminuía cada vez mais. Mas a marca virou o jogo com cafés de alta qualidade e valor agregado, e incluindo salgados, doces e outros produtos em seu portfólio de vendas.

A marca revolucionou o mercado, e segue revolucionando até hoje.

Foto: Banco de imagens

 

A EXPANSÃO METEÓRICA DA STARBUCKS E SUAS PARCERIAS

A expansão foi meteórica, no ano de 1992 a Starbucks abriu seu capital na Bolsa de Valores de Nasdaq, permitindo que todo investidor investisse no modelo de negócio criado e conduzido por Howard Schultz. Acelerando sua expansão, abrindo cada vez mais e mais franquias por todo o Estados Unidos e fechando parcerias estratégicas para a marca.

No ano seguinte, a cafeteria fechou uma parceria com uma tradicional rede de livrarias para a abertura de pequenas cafeterias em suas lojas. E em 1994, a Starbucks contava com 425 lojas em funcionamento.

Em 1996, mais uma importante parceria, desta vez com a companhia aérea United Airlines, que começou a servir cafés Starbucks em seus voos. Na época, 80 milhões de pessoas viajavam anualmente com a empresa, e uma boa parcela delas pedia café para beber durante o voo.

Um novo mercado se abria para a marca e milhões de pessoas provavam seus cafés pela primeira vez. No mesmo ano a expansão da marca chega a outro continente, inaugurando lojas em Tóquio e em Cingapura.

A expansão para outros continentes seguiu nos anos seguintes, com lojas no Reino Unido, Kuwait, China, Coréia do Sul e Peru.

A primeira Starbucks no Brasil foi inaugurada em 2006 no Morumbi Shopping na cidade de São Paulo, nessa altura, a rede já contava com mais de 10 mil lojas pelo mundo.

E a expansão não se restringiu apenas a novas lojas, também foram desenvolvidos cada vez mais produtos à base de expresso, chás e bebidas geladas como o grande ícone da marca, o Frappuccino.

Outro foco era o portfólio de alimentos, em 2012 a Starbucks compra a Bay Bread, especializada em produtos de panificação, e expande suas opções de sanduíches com a incorporação dos produtos da La Boulange, marca de padarias da Bay Bread.

E a estratégia deu certo, o setor de alimentos representa 20% das vendas da rede. Atualmente a marca conta com mais de 30 mil lojas espalhadas por 80 países.

Foto: Banco de imagens

A diversificação do portfólio de produtos foi preponderante para o sucesso da marca ao longo do tempo.

A Starbucks, recentemente em parceria com a Nestlé, lançou uma linha Nespresso exclusiva para máquinas de café em cápsula, um mercado que se torna cada dia mais popular e atrativo por conta de sua praticidade, por ter um custo mais baixo e ainda assim proporcionar um produto de alta qualidade aos consumidores.

Também utiliza a força de sua marca para comercializar canecas e copos personalizados dos mais diversos estilos com a logomarca e cores da empresa.

Foto: Banco de imagens

FILOSOFIA STARBUCKS

A Starbucks sempre buscou criar um “terceiro ambiente”, um lugar além da casa e do trabalho, onde as pessoas se sentissem bem e acolhidas, com poltronas e sofás confortáveis, seja para passar o seu tempo de lazer, ou para conectar seus notebooks em uma das várias tomadas disponíveis pela loja e trabalhar utilizando o acesso gratuito à internet sem fio disponibilizado aos clientes.

Foto: Banco de imagens

A empresa se preocupa profundamente com os seus trabalhadores. Refere-se sempre aos seus funcionários como “parceiros”, têm foco na valorização dos seus colaboradores e incentiva muito o trabalho em equipe.

Essa visão da empresa passa como cultura aos funcionários que buscam sempre apoiar uns aos outros.

As cafeterias contam com um manual de diretrizes que norteiam o sucesso de seus negócios.

Diretrizes como:

    • Orientação contra o assédio;
    • Motivação dos colaboradores;
    • Revisão do desempenho do colaborador;
    • Processos para o gerenciamento do desempenho;
    • Estruturação dos pagamentos.

Essas diretrizes garantem o total alinhamento do funcionário com a empresa, e fazem com que o funcionário saiba sempre como deve se comportar e o que a empresa espera do seu trabalho.

Os funcionários Starbucks recebem seguro saúde assim que são contratados e uma vez por ano, baseado nos seus resultados e tempo de casa, ganham ações da companhia.

Também podem escolher entre diversos cursos de graduação online disponibilizados no programa “Plano de Conquistas da Starbucks College” em parceria com a Arizona State University e contam com cobertura integral dos custos por parte da empresa.

INVESTINDO NA STARBUCKS

Atualmente a Starbucks está avaliada em US $61.7 bilhões e é a 35º marca mais valiosa do mundo. Tem destaque também entre as marcas mais influentes e inovadoras da atualidade.

As ações da Starbucks pagam dividendos bimestrais. Para o investidor brasileiro que deseja investir na empresa que, apenas no ano de 2021, lucrou U$ 4.2 bilhões de dólares, existem duas opções:

    • Pela Bolsa Brasileira, a B3, é possível investir através da BDR (Brazilian Depositary Receipt) da Starbucks, que é negociada pelo ticket SBUB34 pelo valor de R$ 459,54 por cota (valores de 19/08/2022).

As BDR são certificados de recebíveis com emissão no Brasil, assegurados pelas ações da própria empresa listadas na Bolsa estrangeira , no caso da Starbucks, na bolsa de Nasdaq.

    • Também é possível comprar diretamente na Bolsa Americana, mas para isso é necessário que se abra uma conta em uma corretora internacional, a negociação é feita em dólar.

Uma excelente alternativa para diversificação e dolarização de uma carteira, investindo diretamente no mercado americano, em dólar e em uma empresa que se provou sólida ao longo dos anos.

 

 

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