Depois de subir mais de 20% em 2017, o Ibovespa está caro ou barato?

Por: Renan Schaefer

O Ibovespa já subiu mais de 20% em 2017, e uma pergunta que muitos fazem, “O Ibovespa está barato? Vale a pena comprar bolsa agora?”. Como forma de visualizar e conseguir identificar se de fato nosso mercado está caro ou não e porque, buscam-se alguns indicadores, tais como Preço/Lucro do mercado, o valor do Ibovespa visualizado em dólar, e outras perspectivas que podemos traçar para 2018, que mesmo sendo um ano com aparência de agitado, são esses momentos que se abrem oportunidades bastante interessantes.
Um dos indicadores que analisados como base para uma opinião sobre o “caro/barato” do Ibovespa poderia ser o Ibovespa dolarizado, que dá uma noção de como somos enxergados perante o resto o do mundo. Neste caso, mesmo tendo subido mais de 20% em reais em 2017, o Ibovespa ainda aparenta estar num ponto interessante, e “atrativo”, se comparado ao topo feito em maio de 2008, como ilustra a figura abaixo.

Fonte: http://www.dadosdabolsa.com/Ibovespa%20Dolarizado


Neste caso, vale a pena também levar em conta o índice CAPE (cyclically adjusted price to earnings ratio, ou relação Preço/Lucro ajustado ciclicamente),  um indicador utilizado para avaliar se uma ação está barata ou sobrevalorizada, comparando seu preço de mercado atual com seu histórico de ganhos históricos ajustados pela inflação. Neste caso, trazemos a imagem abaixo, que compila uma série de mercados globais e aponta seu respectivo índice CAPE, compilado pela Star Capital, uma gestora alemã, ilustra que mesmo com as altas até o dia 30/9/2017, o Brasil ainda continua relativamente barato do que outros mercados emergentes e outros mercados desenvolvidos. Atualmente o índice CAPE do mercado brasileiro, segundo a gestora Starcapital é de 12,4 , enquanto nos mercados chinês e russo, por exemplo, este índice está em 17,3 e 5,6, respectivamente.

Fonte: http://www.starcapital.de/research/stockmarketvaluation


Mesmo que tenhamos um índice “atrativo” perante outros países, o que mais se deve levar em consideração são as perspectivas de crescimento econômico, juros, reformas necessárias, cenário de incertezas políticas, dentre outros fatores, para que se possa tomar uma posição sobre aumentar ou não sua exposição ao mercado de ações brasileiro.
Dado o cenário que se terá para 2018, vale a pena se atentar para as agendas políticas locais e internacionais, como aumento da taxa de juros do Federal Reserve, eleições no Brasil, na Europa, etc., para que se monte um cenário e se trabalhe em cima dele. Um cenário mais “cauteloso” aponta sim para uma exposição em ações brasileiras, mas com suas devidas proteções, como posicionamento em setores mais resilientes e com potencial de crescimento, como tecnologia, setores que podem se beneficiar com a retomada do crescimento e maior oferta de crédito, como o de construção civil, mas claro, sempre mantendo um percentual da carteira para operações táticas, de curto prazo, em ativos defensivos, como dólar, e compra de volatilidade, por exemplo.
Como 2018 parece um ano promissor, e ao mesmo tempo agitado, vale a pena aproveitar a situação mais volátil e ir aumentando pontualmente a exposição no mercado brasileiro.

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