Investimentos em renda fixa: o que é, como funciona e quais os principais tipos

Por: Filipe Teixeira

Em linhas gerais, um investimento em renda fixa é uma modalidade onde o investidor empresta seu dinheiro para uma instituição financeira, governo ou empresa em troca de uma remuneração fixa pré-acordada que se dá na forma de juros, dividendos ou correção monetária. 

Diferente dos investimentos de renda variável, onde os retornos são, como o nome sugere, variáveis, nos investimentos de renda fixa há uma previsibilidade maior dos rendimentos.

Dentre a lista dos investimentos em renda fixa mais conhecidos do investidor brasileiro, podemos incluir os títulos públicos, CDBs, debêntures e fundos de investimento. 

Neste artigo, abordaremos o funcionamento e os principais tipos de investimentos de renda fixa. Para facilitar a leitura, você pode utilizar o menu acima para navegar entre os tópicos. Boa leitura!

Investimentos em renda fixa

Investimentos em Renda Fixa

No mundo dos investimentos, existem diversas opções disponíveis para quem deseja fazer o dinheiro trabalhar a seu favor. Entre elas, os investimentos em renda fixa se destacam como uma alternativa que prima pela segurança.

Mais adiante, veremos que uma fatia deste segmento de renda fixa, conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito. Falaremos sobre isso depois.

Como vimos no início deste artigo, os investimentos em renda fixa são uma categoria de ativos financeiros em que o investidor empresta seu dinheiro a uma instituição (pública ou privada), em troca de uma remuneração fixa ou previsível.

Podemos pensar nestes investimentos como um empréstimo às avessas, onde quem empresta é o investidor e não um banco, como estamos habituados, em troca de uma promessa de pagamento futuro acrescido de juros.


Essa remuneração pode ser baseada em taxas de juros, índices relacionados à inflação e/ou outros parâmetros acordados no momento da aplicação (cupons semestrais, por exemplo).

Investimentos em Renda Fixa influenciam Mercado financeiro

Os investimentos em renda fixa desempenham um papel fundamental para o funcionamento do mercado financeiro. Primeiro, por propiciar estabilidade e segurança aos investidores, já que oferecem retornos previsíveis e uma menor exposição a riscos.

Por essa razão, os investimentos em renda fixa atraem especialmente investidores de perfil conservador.

Em segundo lugar, os investimentos em renda fixa também funcionam como fonte de financiamento para governos, instituições financeiras e empresas. 

Este segmento viabiliza a captação de recursos para investimentos em infraestrutura, projetos empresariais e outras iniciativas econômicas.
Ou seja, essa injeção de capital é essencial para o crescimento econômico e o desenvolvimento de novas atividades.

Resumindo, os investimentos em renda fixa contribuem de forma inquestionável para a estabilidade do mercado financeiro.

Enquanto os investimentos em renda variável são conhecidos pela volatilidade, os investimentos em renda fixa são menos suscetíveis a oscilações abruptas, que podem decorrer de questões econômicas, políticas ou fiscais.

Agentes envolvidos nos investimentos em Renda Fixa

No último tópico, vimos que os investimentos em renda fixa desempenham um papel fundamental na economia. Esses investimentos dependem da interação entre dois atores principais: os investidores e as instituições emissoras de títulos. 

Vamos entender agora as atribuições dos participantes deste mercado: os investidores e as instituições emissoras desses títulos

Papel dos investidores

Os investidores desempenham um papel essencial no mercado de renda fixa e podem ser pessoas físicas ou jurídicas.

Ao adquirir títulos de renda fixa, estes “atores” fornecem recursos financeiros para as instituições emissoras, permitindo que elas financiem suas atividades e projetos.

Além disso, os investidores desempenham um papel de análise e avaliação dos títulos disponíveis no mercado, selecionando aqueles que melhor se adequam aos seus objetivos e perfil de risco.

Ao fazer isso, acabam influenciando diretamente a demanda por diferentes tipos de títulos e contribuem para a formação de preços e taxas de juros.

Os investidores podem (e devem!)  diversificar suas carteiras de investimento, investindo em diferentes tipos de títulos de renda fixa.

A diversificação proporciona maior segurança e redução de riscos, além de permitir a busca por melhores retornos.

O papel das instituições emissoras de títulos

Por outro lado, as instituições emissoras de títulos têm a responsabilidade de emitir e vender os títulos de renda fixa. Essas instituições podem ser governos, instituições financeiras, empresas ou outras entidades que necessitam de financiamento.

Essas instituições emitem títulos com prazos, taxas de juros e características específicas, de acordo com suas necessidades de captação de recursos.

Além da emissão, as instituições emissoras desempenham um papel importante na divulgação de informações sobre os títulos. Elas fornecem aos investidores prospectos, documentos e relatórios que detalham as condições do título, seus riscos e benefícios.

Finalmente e mais importante: as instituições emissoras também são responsáveis por honrar seus compromissos financeiros, pagando os juros e o valor principal aos investidores de acordo com os termos estabelecidos.

A confiança no pagamento dos juros estabelecidos traz confiabilidade e solidez financeira, características fundamentais para manter a credibilidade deste mercado.

Remuneração

A remuneração paga pelos investimentos em renda fixa é composta pelo fluxo de pagamentos periódicos e pelo valor principal investido. 

Explico: fluxo de pagamentos periódicos refere-se aos pagamentos regulares que os investidores recebem durante o prazo de investimento acordado quando do momento do aporte.

Esses pagamentos podem ocorrer de várias maneiras, conforme o tipo de título. Exemplo: Investindo em alguns tipos de títulos públicos, os investidores podem receber cupons periódicos, que representam uma porcentagem fixa ou variável do valor principal investido.


Já em títulos de renda fixa como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), os investidores recebem o pagamento de juros apenas no vencimento do título.

Logo, a remuneração dos investimentos em renda fixa é composta pela soma dos fluxos de pagamentos periódicos e pelo valor principal investido.

O valor principal é o montante inicial investido pelo investidor.

Ao longo do prazo determinado do investimento, o investidor recebe os pagamentos periódicos acordados e, ao final do prazo, recupera o valor principal investido.

Pós-fixados e prefixados

Além das distinções já tratadas entre os seus emissores, os investimentos em renda fixa podem ser classificados em duas categorias principais quanto à sua remuneração: pós-fixados e prefixados.

A diferença entre eles, portanto, está na forma como a rentabilidade é determinada. Vamos então, explicar essas diferenças.

Renda Fixa Pós-fixada

Nessa modalidade, a rentabilidade do investimento está atrelada a algum indicador de referência, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a taxa Selic.

Assim sendo, a remuneração a ser paga ao investidor é calculada com base na variação desses indicadores ao longo do período de investimento.

Vamos a alguns exemplos de investimentos de renda fixa pós-fixados:

Certificado de Depósito Bancário (CDB) pós-fixado

A rentabilidade de um CDB pós-fixado pode ser atrelada ao CDI, o que significa dizer que, neste caso, o investidor receberá uma taxa de juros proporcional à variação do CDI.

Letra de Crédito Imobiliário (LCI) ou Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) pós-fixada

São investimentos em que a rentabilidade está vinculada à variação de indicadores como o CDI ou a taxa Selic.

Renda Fixa Prefixada

Nessa modalidade, a taxa de juros é determinada no momento da contratação do investimento e permanece fixa até o seu vencimento.

Assim, o investidor sabe desde a contratação, qual será a rentabilidade obtida ao final do prazo estabelecido.

Vamos a alguns exemplos de investimentos de renda fixa prefixados

Tesouro Prefixado (LTN)

Como veremos mais adiante, uma LTN é um título público emitido pelo Tesouro Nacional com uma taxa de juros predefinida.

O investidor sabe antecipadamente quanto receberá ao final do prazo.

Debêntures prefixadas

São títulos de dívida emitidos por empresas, onde a taxa de remuneração é estabelecida previamente. Desta forma, o investidor conhece a rentabilidade desde o momento da compra.

“Conhece-te a ti mesmo”

É importante salientar que a escolha entre investimentos de renda fixa pós-fixados ou prefixados, deve passar necessariamente depende do perfil do investidor, objetivos financeiros e perspectivas econômicas e de mercado.

Resumidamente, podemos concluir que os investimentos em renda fixa pós-fixados oferecem maior previsibilidade de rentabilidade, já que estão atrelados a indicadores conhecidos.

Já no caso dos prefixados, temos a vantagem de garantir uma taxa de juros fixa durante todo o período de investimento, permitindo ao investidor saber exatamente o retorno que obterá.

Quando optar por um ou por outro?

É importante considerar também o cenário econômico e as expectativas de variação das taxas de juros ao tomar essa decisão.

Se considerarmos que a Taxa Selic é um dos instrumentos de macroeconomia usados para controlar o IPCA (inflação), podemos concluir que a alta dos juros freia o consumo no país, que por consequência, diminui a inflação.

Logo, em cenários de descontrole inflacionário, é bastante razoável projetar que o Banco Central considere aumentar a taxa Selic e neste caso, investir em títulos pós-fixados é interessante para pegar essa alta.

Seguindo neste raciocínio, podemos concluir que se a inflação está em alta, o investimento mais adequado seria nos investimentos pós-fixados; se a inflação indicar uma trajetória de queda, a perspectiva será também de redução na Selic, o que recomendaria os investimentos em prefixados.

FGC

Alguns tipos de produtos de renda fixa contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Antes de abordarmos especificamente  quais investimentos em renda fixa são cobertos pelo FGC, vamos nos debruçar um pouco sobre o seu conceito.

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma entidade privada, sem fins lucrativos e tem por objetivo garantir os créditos de correntistas, poupadores e investidores em caso de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de uma instituição financeira.

A criação do FGC objetivou propiciar o fortalecimento da confiança no sistema financeiro, além de atuar diretamente na proteção dos recursos de depositantes e investidores.

Seu funcionamento se dá através da contribuição compulsória das instituições financeiras associadas, forçadas por lei a contribuir financeiramente para o fundo.

Essas contribuições são calculadas com base no volume dos depósitos que cada instituição possui.

Em caso de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de uma instituição financeira, o FGC reembolsa os correntistas, poupadores e investidores até o limite estabelecido pela regulamentação vigente.

Atualmente, o limite de cobertura do FGC é de até R$ 250.000,00 por CPF ou CNPJ, por instituição financeira, em cada conglomerado financeiro.

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) oferece proteção aos seguintes produtos de renda fixa.

Saldo em conta corrente
Caderneta de Poupança
CDBs (Certificados de Depósito Bancário)
Recibos de Depósitos Bancários (RDB)
Letras Hipotecárias (LH)
Letras de Câmbio (LC)
Letras de Crédito Imobiliário (LCI)
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)

Atenção: o FGC não cobre investimentos em ações, fundos de investimento, debêntures, títulos públicos e outros ativos não cobertos pelo fundo.

Resumidamente, o papel do FGC é fornecer uma proteção adicional aos correntistas, poupadores e investidores, garantindo a segurança dos recursos depositados ou investidos em instituições financeiras associadas ao fundo, em caso de problemas financeiros dessas instituições.

Tipos de investimentos em renda fixa

Como vimos anteriormente, os títulos de renda fixa podem ser emitidos pelo governo, por instituições financeiras ou empresas, vamos conhecer agora os tipos de investimentos de renda fixa mais populares no mercado financeiro.

Títulos Públicos

Os títulos públicos, títulos do governo ou ainda títulos da dívida, são emitidos por governos federais, estaduais ou municipais.

No Brasil, os mais conhecidos são os títulos públicos do Tesouro Nacional, como o Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado. Esses títulos oferecem baixo risco de crédito e são considerados referências de investimento de renda fixa.

Atenção: esses títulos também são conhecidos como “Tesouro Direto”, mas este é o nome de batismo do Programa do Tesouro Nacional (desenvolvido em parceria com a B3) para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas.

Os títulos públicos mais conhecidos e negociados no site do Tesouro Direto são:


Tesouro Selic

Título pós-fixado cuja rentabilidade está atrelada à taxa básica de juros (Selic). Esse título é indicado para investidores que desejam liquidez diária e proteção contra a volatilidade do mercado, uma vez que seu rendimento acompanha de perto a variação da taxa Selic.

Tesouro IPCA+

Título híbrido que oferece proteção contra a inflação. O rendimento deste ativo é composto por uma taxa fixa mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Logo, esse investimento proporciona uma rentabilidade real e protege o poder de compra do investidor ao longo do tempo.

Tesouro Prefixado

Título com rentabilidade definida no momento da compra, quando o investidor já sabe qual será o seu rendimento ao final do prazo de investimento.

Esse tipo de investimento é ideal para investidores que desejam saber com antecedência o valor a ser recebido quando do momento do vencimento, independentemente das oscilações de mercado.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais

Investimento similar ao Tesouro Prefixado,por também possuir uma rentabilidade fixa, com a diferença de que este ativo paga juros semestrais ao investidor durante o prazo do investimento.

Essa é uma escolha interessante para investidores que almejam uma fonte de renda periódica durante o período de investimento.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais

Da mesma forma que o Tesouro IPCA+, essa modalidade também oferece proteção contra a inflação.

A diferença é que nessa modalidade, ocorre o pagamento de juros semestrais, acrescida da variação do IPCA.

Este investimento é indicado para investidores que buscam uma fonte de renda periódica e proteção contra a inflação ao mesmo tempo.

Certificados de Depósito Bancário (CDBs)

Os CDBs são títulos emitidos por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos, que são direcionados para diversas finalidades.

Geralmente, as instituições utilizam esses recursos para financiar suas operações de crédito, concedendo empréstimos e financiamentos a pessoas físicas e jurídicas.

Além disso, parte dos recursos captados pelos CDBs também é utilizada pelas instituições financeiras para investimentos próprios, como aplicações em títulos públicos e empréstimos a outros bancos.

Os CDBs oferecem diferentes prazos e taxas de juros, podendo ser pré-fixados ou pós-fixados. Os CDBs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$250.000 por CPF e por instituição financeira.

Debêntures

As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas, utilizados para captar recursos para seus projetos e investimentos.

As debêntures oferecem taxas de juros atrativas e podem ter prazos e formas de remuneração distintas. É importante avaliar a solidez e a credibilidade da empresa emissora antes de investir em debêntures.

Existem diferentes tipos de debêntures, que podem variar de acordo com suas características e condições de emissão. Alguns dos principais tipos de debêntures são:

Debêntures simples

São as debêntures mais comuns, onde os investidores recebem juros e principal na data de vencimento.

Debêntures conversíveis

Esse tipo de papel permite a seus detentores, a possibilidade de convertê-los em ações da empresa emissora em determinado prazo e condições estabelecidas.

Debêntures incentivadas

São papéis emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura, como energia renovável, saneamento básico e transporte. Essas debêntures possuem incentivos fiscais, como isenção de imposto de renda para o investidor.

Debêntures subordinadas

São títulos de dívida que, em caso de falência do emissor, possuem prioridade inferior na ordem de pagamento em relação a outros credores.

Debêntures com garantia real

São papéis garantidos por outro ativo pertencente à empresa emissora, como imóveis, máquinas ou outros bens, que servem como garantia adicional para o pagamento dos investidores.

Debêntures com garantia flutuante

São debêntures em que os ativos da empresa emissora não são especificados como garantia, mas estão sujeitos a uma garantia flutuante, ou seja, os ativos da empresa são garantia para todos os credores, sem especificar quais ativos em particular.

Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs)

As LCIs e LCAs são títulos emitidos por instituições financeiras com o objetivo de financiar o setor imobiliário e o agronegócio, respectivamente.

A exemplo das debêntures incentivadas, elas também oferecem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas e são garantidas pelo FGC até o limite de R$250.000 por CPF e por instituição financeira.

Fundos de Investimentos em Renda Fixa

Os fundos de investimento em renda fixa são uma forma de investir em diferentes títulos de renda fixa de forma coletiva, por meio da gestão de um fundo por uma instituição financeira.

Estes fundos oferecem diversificação e podem ser encontrados com diferentes estratégias e perfis de risco.

Existem vários tipos de fundos de renda fixa disponíveis no mercado financeiro. Alguns dos principais tipos são:

Fundos de Renda Fixa Simples

Estes fundos investem predominantemente em títulos de renda fixa, como títulos públicos, títulos privados e certificados de depósito bancário (CDBs) e podem ter diferentes graus de risco e rentabilidade, dependendo da estratégia adotada por seu gestor.

Fundos de Renda Fixa Indexados

Estes fundos seguem um índice de referência, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou o IMA (Índice de Mercado Anbima). O objetivo é buscar uma rentabilidade próxima ao desempenho de seu respectivo benchmark.

Fundos de Renda Fixa Ativos

Essa classe de fundos permite uma gestão mais ativa dos investimentos, com maior liberdade para o gestor escolher os títulos e a estratégia de alocação.

Os Fundos de Renda Fixa Ativos podem buscar oportunidades de ganho em momentos de variação de mercado.

Fundos de Renda Fixa Duração Baixa

Estes fundos objetivam reduzir a exposição a riscos de variação das taxas de juros, mantendo a duração dos títulos em um nível mais baixo, sendo mais indicados para investidores que desejam preservar o capital e têm menor tolerância a riscos de mercado.

Fundos de Crédito Privado

Neste modalidade, os gestores investem em títulos de dívida emitidos por empresas privadas, como debêntures e notas promissórias.

Os fundos de crédito privado podem oferecer maior potencial de rentabilidade, mas também apresentam maior risco em comparação com os títulos públicos.

Fundos de Renda Fixa Inflação

Esta modalidade investe em títulos atrelados à inflação, como Tesouro IPCA+ e NTN-B e são indicados para investidores que desejam proteger o poder de compra ao longo do tempo.

Marcação a mercado

Em termos gerais, os investimentos de renda fixa que possuem liquidez diária ou periódica, ou seja, que podem ser resgatados antes do vencimento, sofrem o que conhecemos como marcação a mercado.

Essa marcação permite que os investidores tenham uma visão atualizada do valor do seu investimento e, em caso de necessidade de resgate antecipado, saiba qual será o valor a ser recebido.

Cabe destacar que a marcação a mercado pode causar variações no valor dos investimentos em renda fixa ao longo do tempo, principalmente em períodos de alta volatilidade no mercado financeiro.

No caso dos investimentos de renda fixa, como títulos públicos, debêntures e CDBs, a marcação a mercado consiste em calcular o valor atual desses ativos com base nas condições de mercado.

Esse cálculo é feito levando em consideração a taxa de juros atual e o prazo remanescente até o vencimento do título.

É importante ressaltar que a marcação a mercado pode resultar em ganhos ou perdas para o investidor, uma vez que o valor do investimento pode flutuar de acordo com as condições do mercado.

Além disso, a marcação a mercado também é utilizada para determinar o valor dos investimentos em caso de resgate antecipado ou venda no chamado mercado secundário.

Em resumo, nem todos os investimentos em renda fixa sofrem marcação a mercado. Essa prática é mais comum em investimentos com características negociáveis e liquidez diária ou periódica, permitindo ao investidor ter uma visão atualizada do valor de seus ativos.

Custos e taxas

Imposto de Renda (IR)

A cobrança do Imposto de Renda (IR) nos investimentos em renda fixa varia de acordo com o tipo de investimento e o prazo de aplicação.

Excetuando-se os investimentos isentos de imposto de renda mencionados ao longo deste artigo, de forma geral, os investimentos em renda fixa obedecem uma tabela regressiva, onde a alíquota vai reduzindo com o passar do tempo.

Tabela Regressiva

Como mencionado acima, essa forma de tributação, a alíquota do IR diminui de acordo com o prazo de aplicação do investimento.

Ou seja, quanto maior o tempo de investimento, menor será a alíquota aplicada. As alíquotas da tabela regressiva para investimentos em renda fixa são as seguintes:

Até 180 dias: 22,5%
De 181 a 360 dias: 20%
De 361 a 720 dias: 17,5%
Acima de 720 dias: 15%

Importante salientar que essas alíquotas são aplicadas sobre os rendimentos obtidos, de forma proporcional ao período de aplicação.

IOF

Outro destaque importante é que, em alguns casos, há incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nos primeiros 30 dias de investimento.

Nestes primeiros 30 dias, a alíquota do IOF varia progressivamente, conforme o tempo de aplicação, seguindo a seguinte tabela:

1 dia: 96%
2 dias: 93%
3 dias: 90.5%
4 dias: 87.5%
5 dias: 84.5%
6 dias: 81.5%
7 dias: 78.5%
8 dias: 75.5%
9 dias: 72.5%
10 dias: 69.5%
11 dias: 66.5%
12 dias: 63.5%
13 dias: 60.5%
14 dias: 57.5%
15 dias: 54.5%
16 dias: 51.5%
17 dias: 48.5%
18 dias: 45.5%
19 dias: 42.5%
20 dias: 39.5%
21 dias: 36.5%
22 dias: 33.5%
23 dias: 30.5%
24 dias: 27.5%
25 dias: 24.5%
26 dias: 21.5%
27 dias: 18.5%
28 dias: 15.5%
29 dias: 12.5%
30 dias: 9.5%

Após o 30º dia, a alíquota do IOF passa a ser 0%.

Taxa de Custódia

Especificamente no caso do Tesouro Direto, existe a cobrança de uma taxa de custódia, que é cobrada pela B3 (antiga BM&FBOVESPA) para guardar e administrar os títulos públicos em nome dos investidores.

Atualmente, essa taxa é de 0,20% ao ano sobre o valor investido e é proporcional ao período de investimento. Ela é descontada semestralmente no último dia útil de janeiro e de julho.

A taxa de custódia é calculada sobre o valor total dos títulos que você possui no Tesouro Direto. Por exemplo, se você investiu R$ 10.000, a taxa de custódia será de R$ 25 por ano.

É importante ressaltar que a taxa de custódia é a única taxa cobrada pelo Tesouro Direto, sendo os investimentos isentos de taxa de administração e performance.

Perfil de investidor em Renda Fixa

Conhecer o seu perfil de risco e objetivos enquanto investidor é de extrema importância no contexto dos investimentos em renda fixa para garantir que o investimento esteja alinhado com as necessidades, expectativas e tolerância ao risco.

A grosso modo, o perfil de investidor pode variar entre conservador, moderado e agressivo. 

Cada perfil guarda características e preferências específicas em relação aos investimentos, incluindo o nível de segurança (rating do emissor, FGC, segmento onde atua, etc), prazo de investimento, retorno esperado e o grau de volatilidade aceitável pelo investidor.

Depois de conhecer o seu perfil de risco, o próximo passo é selecionar os produtos de renda fixa mais adequados, mais uma vez, levando em consideração fatores como a liquidez, rentabilidade, prazo de vencimento e risco envolvido.

Além disso, a análise de perfil também auxilia na definição da sua estratégia de alocação de ativos, o que significa distribuir o capital entre diferentes tipos de investimentos, incluindo renda fixa e variável, de forma a equilibrar os riscos e buscar a diversificação.

Por fim, essa análise deve ser realizada periodicamente, considerando que as circunstâncias e objetivos financeiros podem mudar ao longo do tempo.

Fale com um especialista

Contar com a ajuda de um assessor de investimentos é de suma importância em um mercado financeiro complexo e em constante evolução.

Um assessor de investimentos é um profissional especializado, certificado e regulado, que atua como um consultor financeiro, ajudando os investidores a tomar decisões mais assertivas e alinhadas com seus objetivos.

Além disso, um assessor de investimentos acompanha de perto as condições do mercado, as tendências econômicas e as notícias relevantes que podem impactar os investimentos. 

Outro ponto importante em contar com um assessor de investimentos é a possibilidade de diversificação adequada da sua carteira de investimentos.

O assessor te ajudará a criar uma estratégia de alocação de ativos equilibrada, considerando diferentes classes de ativos e distribuindo os recursos de forma a minimizar riscos e buscar melhores retornos.

Agende agora uma conversa com um de nossos especialistas, tenho certeza de que podemos te ajudar a maximizar seus ganhos, sem abrir mão de aspectos importantes para você, como segurança e liquidez.

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